São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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Inadimplência de pessoas físicas é a maior desde 2003

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao mesmo tempo em que o mercado de crédito está em desaceleração, cresce o atraso dos pagamento de dívidas já contraídas pelas famílias brasileiras. A inadimplência nas operações de pessoas físicas, em novembro, atingiu 7,8%, a maior taxa desde agosto de 2003, quando os atrasos chegaram a 7,9% do volume de crédito concedido. Essa foi a segunda alta consecutiva desde o recrudescimento da crise financeira internacional.
Nas operações com as empresas, porém, os atrasos acima de 90 dias ficaram estáveis em 1,7% do total de crédito, segundo o Banco Central. O mesmo ocorre quando se analisa a inadimplência global do sistema, que permaneceu em 4,2%.
Há um ano, a inadimplência das pessoas físicas estava em 7,1%, enquanto entre as empresas a taxa era de 2,2% e no global do sistema, 4,5%. Para o BC, o aumento dos atrasos nos pagamentos das famílias é um fator que deve ser observado com cuidado.
A preocupação do BC é com o cenário de desaceleração nas concessões de crédito. Com isso, o peso dos calotes é maior em relação ao volume de crédito. Há ainda a perspectiva de aumento do desemprego no próximo ano.
"Se o estoque [de crédito] é menor, a inadimplência tende a subir, e a carteira [dos bancos] fica pior. Mas esse cenário se reverte com a retomada do crédito", explicou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.


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