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Vítima do caso Madoff comete suicídio em NY
Investidor francês teria perdido US$ 1,4 bi com fraudes
DA REDAÇÃO
O caso Madoff fez mais uma
vítima, desta vez fatal. O gerente francês de investimentos,
Rene-Thierry Magon de la Villehuchet, 65, foi encontrado
morto ontem no seu escritório
em Nova York. Não há evidências de que uma segunda pessoa tenha passado por lá, segundo a polícia. Villehuchet teria se suicidado depois de perder cerca de US$ 1,4 bilhão em
investimentos gerenciados por
Bernard Madoff, o ex-presidente da Nasdaq, preso por
fraude há duas semanas.
Segundo o investigador Raymond Kelly, da polícia nova-iorquina, Villehuchet exibia
"múltiplos ferimentos de facada" nos braços e no punho. Havia medicamentos e utensílios
cortantes no local.
Villehuchet era um dos fundadores da Access International Advisors, um dos fundos
afetados pela fraude de Madoff.
A Access International vinha
levantando fundos nos mercados europeus para aplicar no
esquema de Madoff, segundo o
diário francês "La Tribune".
Segundo parentes do investidor, ele passou "dia e noite na
última semana tentando encontrar uma saída para recuperar o dinheiro de seus investidores", mas não resistiu à "caça
por culpados". Villehuchet foi
encontrado por paramédicos.
O dinheiro da Access International foi perdido através do
fundo Luxalpha, com sede em
Luxemburgo.
Caso Madoff
Bernard Madoff, 70, é acusado de ser o responsável por um
esquema de pirâmide conhecido como sistema Ponzi -pelo
qual são oferecidos investimentos com atraentes rentabilidades, abonadas com o dinheiro fornecido por novos investidores. Fala-se de fraudes
no valor de US$ 50 bilhões.
Suspeita-se que Madoff, assim como sua mulher e outros
membros de sua família, cometa fraudes desde os anos 60.
Uma das entidades que confiou mais dinheiro a Madoff,
que se encontra sob prisão domiciliar e vigiado 24 horas, foi a
Fairfield Greenwich, cujos
clientes acusam agora a firma
na Corte Suprema do Estado de
Nova York, em Manhattan, de
não haver zelado convenientemente por seus interesses.
Segundo o processo, os investidores consideram que os
sócios da entidade não cumpriram sua responsabilidade fiduciária e enriqueceram injustamente com seus fundos. O grupo confiou US$ 7,5 bilhões ao
gestor Madoff.
Com agências internacionais
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