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INDÚSTRIA
Para Eletros, setor teve um ano ruim
Eletroeletrônicos têm pior resultado do Real
RICARDO GRINBAUM
da Reportagem Local
Apesar da recuperação nas vendas em novembro, os fabricantes
de eletrodomésticos estão fechando o balanço de 98 com o pior resultado desde o início do Plano
Real, em julho de 94.
Segundo dados divulgados ontem pela Eletros, a associação de
indústrias de produtos eletrônicos, as vendas cresceram 19,5% em
novembro em relação a outubro e
34,1% na comparação com novembro de 97.
A recuperação não foi tão grande
como a comparação com o ano
passado permite imaginar. Em novembro do ano passado, houve paralisação nos negócios, como efeito das medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise asiática.
"A base de comparação é muito
fraca", diz o presidente da Eletros,
Roberto Macedo. "Houve recuperação nas vendas, mas o ano de 98
está sendo muito ruim."
De janeiro a novembro, as vendas despencaram 20,4% em comparação ao mesmo período do ano
passado. É o pior resultado desde o
início do Plano Real.
Nos primeiros 11 meses de 95,
houve aumento de 30,8% nas vendas em relação ao mesmo período
de 94. A alta em 96 foi de 29,9%.
Em 97, começou a fase ruim da indústria, com resultado 9,9% menor do que o do ano anterior.
A melhora nas vendas percebida
em novembro está se repetindo
neste mês, mas também sem provocar entusiasmo nas indústrias
do setor.
Nas contas da Eletros, a recuperação não será suficiente para reverter os resultados ruins: as vendas devem cair 18% e o faturamento deverá ser 25% menor do que o
de 97.
"Pelo menos o resultado não será
tão ruim como se imaginava em
meados do ano, quando a queda
no volume de vendas era de 25%",
diz Macedo.
Para o ano que vem, as previsões
também são duras. As projeções
da Eletros apontam queda de 5% a
10% no volume de vendas dos fabricantes de eletrodomésticos.
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