São Paulo, quinta, 24 de dezembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

INDÚSTRIA
Para Eletros, setor teve um ano ruim
Eletroeletrônicos têm pior resultado do Real

RICARDO GRINBAUM
da Reportagem Local

Apesar da recuperação nas vendas em novembro, os fabricantes de eletrodomésticos estão fechando o balanço de 98 com o pior resultado desde o início do Plano Real, em julho de 94.
Segundo dados divulgados ontem pela Eletros, a associação de indústrias de produtos eletrônicos, as vendas cresceram 19,5% em novembro em relação a outubro e 34,1% na comparação com novembro de 97.
A recuperação não foi tão grande como a comparação com o ano passado permite imaginar. Em novembro do ano passado, houve paralisação nos negócios, como efeito das medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise asiática.
"A base de comparação é muito fraca", diz o presidente da Eletros, Roberto Macedo. "Houve recuperação nas vendas, mas o ano de 98 está sendo muito ruim."
De janeiro a novembro, as vendas despencaram 20,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. É o pior resultado desde o início do Plano Real.
Nos primeiros 11 meses de 95, houve aumento de 30,8% nas vendas em relação ao mesmo período de 94. A alta em 96 foi de 29,9%. Em 97, começou a fase ruim da indústria, com resultado 9,9% menor do que o do ano anterior.
A melhora nas vendas percebida em novembro está se repetindo neste mês, mas também sem provocar entusiasmo nas indústrias do setor.
Nas contas da Eletros, a recuperação não será suficiente para reverter os resultados ruins: as vendas devem cair 18% e o faturamento deverá ser 25% menor do que o de 97.
"Pelo menos o resultado não será tão ruim como se imaginava em meados do ano, quando a queda no volume de vendas era de 25%", diz Macedo.
Para o ano que vem, as previsões também são duras. As projeções da Eletros apontam queda de 5% a 10% no volume de vendas dos fabricantes de eletrodomésticos.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.