A Embratur vai investir R$ 35,5 milhões em programas de promoção de destinos turísticos brasileiros neste ano na Europa. A empresa conta com a parceria da brasileira TAM e da portuguesa TAP na realização de ações conjuntas para atrair os turistas europeus ao Brasil.
A presidente da Embratur, Jeanine Pires, terá uma reunião nesta terça na Espanha com cerca de 20 representantes dos escritórios da TAM na Europa. A TAM é parceira nesse projeto porque é a única empresa brasileira que faz viagens de longa distância.
Na semana passada, Pires também se reuniu com diretores da TAP, em Portugal.
A Embratur está apostando em parcerias público-privadas para financiar campanhas publicitárias, eventos de promoção do Brasil na Europa, rodadas de negócios, entre outras ações de marketing. "Nesta época de crise, é preciso investir em divulgação para não perder mercado", diz Pires.
Segundo ela, os europeus são um dos focos da Embratur, porque representam 38% do total de turistas estrangeiros que visitam o Brasil. Além disso, a desvalorização do real em relação ao euro torna o produto brasileiro de viagem atrativo para eles, diz.
Para Pires, muitos europeus continuarão a viajar mesmo com a crise, pois o gasto de viagem compõe o seu orçamento. No entanto, a realidade da economia não permitirá uma alta significativa no número de turistas estrangeiros que visitem qualquer país em 2009, diz
"O que queremos é que os turistas estrangeiros conheçam melhor o Brasil para que possam ficar mais tempo no país e gastar mais", diz Pires.

À MESA

Neste ano, a 38ª edição da Gift Fair, que vai ocorrer entre os dias 2 e 5 de março, no Expo Center Norte, em São Paulo, fez uma parceria com o restaurante Trindade, de comida portuguesa. Segundo Mauro Jordão, presidente da Gift Fair, a ideia é acabar com a imagem das praças de alimentação de baixa qualidade, oferecendo ao visitante a possibilidade de consumir alta gastronomia na feira. O evento, cuja área foi ampliada neste ano, passando de 50.350 m2 para 67.619 m2, deve receber 70 mil profissionais e mais de 700 expositores, segundo as expectativas de Jordão.

FERRAMENTA
As indústrias de ferramentas, usinagem e produtos de ferro e metal devem ter fechado 2008 com faturamento de R$ 16,8 bilhões, alta de 5,5% ante o ano anterior, segundo estimativa do Sinafer (Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo), que representa aproximadamente 8.000 empresas que compõem o setor.

SÍNDICO: PAGAMENTO DE CONDOMÍNIO ATRASADO SOBE EM SÃO PAULO
A lei estadual que permite inscrever condôminos inadimplentes em serviços de proteção ao crédito estimulou um aumento de 28,6% no pagamento de condomínio atrasado na cidade de São Paulo, segundo levantamento da Lello, empresa de administração de condomínios. Em dezembro, do total de boletos em aberto por mais de 30 dias em cerca de 1.100 condomínios administrados pela empresa na capital, 54% foram quitados pelos moradores. O índice era de 42% em julho, primeiro mês de vigência da nova legislação. O pico de quitações foi em agosto, quando a lei teve maior visibilidade, representando 70% dos boletos em aberto. O índice foi para 59% em setembro, 53% em outubro e 55% em novembro.

CLIMA
A Alcoa e outras empresas e entidades ambientais na Uscap(Parceria Americana pela Ação Climática, em inglês) lançaram estratégia de ação legislativa pela promulgação de leis de proteção climática nos EUA, incluindo recomendações de políticas públicas para mudanças climáticas. O projeto define a meta de, até 2050, reduzir emissões dos gases de efeito estufa a 80% abaixo de 2005.

POLÊMICA
Entre as várias propostas do pacote de estímulo à construção civil que ainda não chegaram a um consenso, uma em especial em estudo pelo governo foi considerada muito delicada pela Caixa Econômica. A proposta seria transferir para o pagamento da prestação da casa popular a contribuição de 8% que as empresas depositam no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para o trabalhador. A medida iria exigir a mudança na lei do FGTS. A proposta foi apresentada pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

LUPA
Talvez ainda mais grave do que as demissões em massa que têm sido anunciadas pelas grandes companhias são os cortes promovidos pelas empresas de menor porte, na opinião de Valdir Pietrobon, presidente da Fenacon (federação de empresas contábeis). "Ninguém está vendo a quantidade de pequenas empresas que estão sendo fechadas e as demissões que isso traz", afirma. Segundo Pietrobon, que também tem um escritório, cerca de 20% dos funcionários de seus clientes já foram demitidos. "Isso devia ser uma preocupação nacional. Se uma empresa tem dez funcionários e manda três embora, é muito sério, apesar de socialmente não parecer tanto."

com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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