DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O uso do cartão de crédito fora do país também atingiu patamares recordes no final de 2009, favorecido pela queda do dólar e pela recuperação na renda do brasileiro. Ao longo do ano passado, essas compras somaram US$ 6,6 bilhões, valor recorde nas estatísticas do Banco Central, iniciadas em 1992.
Essas despesas apresentaram crescimento modesto em relação aos US$ 6,5 bilhões gastos em 2008. Mas, nos últimos cinco anos, cresceu mais de quatro vezes, período marcado pela valorização do real. Os números do BC incluem tanto os gastos dos brasileiros no exterior como compras pela internet em lojas internacionais. Na maioria das faturas de cartões, não há diferenciação entre uma e outra despesa. As duas são taxadas em 2,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O aumento no uso internacional do "dinheiro de plástico" acompanhou a recuperação nas despesas totais com viagens ao exterior, afetadas pela crise econômica no começo de 2009, mas que voltaram a crescer no segundo semestre. Os dados do BC mostram que a maioria dos viajantes paga suas contas com cartão. Ele já responde por cerca de 60% dos gastos dos turistas brasileiros fora do país, que somaram US$10, 9 bilhões em 2009.
Além de considerar o imposto, o consumidor deve ficar atento ao câmbio. As operadoras convertem as compras no exterior ou em sites estrangeiros pela cotação do dólar no dia de fechamento da fatura. Se o dólar subir na data do pagamento, o consumidor tem de pagar a diferença no mês seguinte. Se cair, recebe um crédito na próxima fatura.


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