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AJUSTE
Para banco, essa seria solução para recuperar credibilidade
Goldman Sachs recomenda privatizar Petrobrás, CEF e BB
da Reportagem Local
O banco de investimentos Goldman Sachs, de Nova York, recomenda a privatização da Petrobrás, da CEF (Caixa Econômica
Federal) e do Banco do Brasil como uma "medida de grande impacto" para o restabelecimento da
confiança internacional no Brasil.
"Quando há mudança de regime
cambial, é muito importante restabelecer a confiança. No caso do
Brasil, são necessárias medidas de
grande impacto, como a inclusão
da Petrobrás, da Caixa Econômica
Federal e do Banco do Brasil no
programa de privatizações", afirma relatório do banco.
Paulo Leme, diretor de mercados
emergentes do Goldman Sachs, diz
que o mero anúncio da privatização teria um efeito "extremamente
positivo" na credibilidade externa
por duas razões: aumentaria a confiança dos investidores na seriedade quanto ao ajuste fiscal e geraria
receita adicional para abater parte
substancial da dívida interna.
Segundo Leme, o governo, dependendo da parcela a ser vendida, poderia arrecadar entre US$ 20
bilhões e US$ 60 bilhões com a privatização da Petrobrás.
O relatório ressalta que a venda
não deveria ser feita "amanhã"
porque, no momento, os mercados passam por instabilidade.
Leme argumenta que o importante é o compromisso com a privatização. O governo, diz, poderia
aguardar o momento ideal, como
fez com a Vale do Rio Doce.
O banco não acredita que a privatização da Petrobrás seja politicamente inviável. "É um passo difícil. Mas o governo brasileiro tem
duas opções para enfrentar a crise:
ou aceita desafios e toma medidas
audaciosas ou sucumbe."
(ANTONIO CARLOS SEIDL)
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