DA REDAÇÃO

Um dos principais motores da economia japonesa, as exportações do país recuaram 45,7% no mês passado, na maior queda desde pelo menos 1980, com a menor demanda dos consumidores dos EUA, da Europa e dos vizinhos asiáticos.
Como as importações recuaram em um ritmo menos intenso, de 28,2%, o déficit comercial chegou ao seu maior nível em ao menos 29 anos, quando a atual série teve seu início: 952,6 bilhões de ienes (US$ 9,9 bilhões).
A forte retração nas exportações, que recuaram 35% em dezembro, foi um dos motivos para a queda de 12,7% no PIB do quarto trimestre de 2008 da segunda maior economia mundial, o pior resultado desde 1974.
Em meio ao crescente temor sobre a situação econômica do país, o governo do Japão estuda expandir a compra de ações e adotar outras medidas para apoiar o mercado, disse o ministro das Finanças, Kaoru Yosano.
Num momento em que a redução de preços corrói o capital dos bancos (grandes detentores de ações no Japão), eles têm sido forçados a levantar bilhões de dólares de capital novo à medida que os papéis desabam.
Mas analistas têm dúvidas se o governo, que enfrenta a paralisia do Parlamento e uma dura eleição neste ano, poderia organizar um amplo esquema de compra de ações e se tais aquisições poderiam elevar o preço dos papéis em meio a uma crise global.