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NY sobe, mas rumor sobre compulsório afeta Bovespa
Ações de bancos recuam;
dólar encerra dia a R$ 1,826
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo não acompanhou a recuperação vivenciada pelos grandes mercados acionários do
mundo ontem. Prejudicada pela expressiva perda da ação da
BM&FBovespa e a queda dos
papéis dos grandes bancos privados, a Bolsa recuou 0,47%.
No fim da tarde, esquentaram os rumores de que o BC
iria anunciar a elevação dos
compulsórios dos bancos -o
que, de fato, se confirmou após
o fechamento do pregão. Nesse
clima, os papéis dos grandes
bancos privados sofreram vendas mais fortes. A ação PN do
Itaú Unibanco terminou com
depreciação de 1,11%; Santander UNT recuou 0,88%; e Bradesco PN caiu 0,32%.
O aumento do compulsório
faz com que os bancos sejam
obrigados a recolher, em uma
conta no BC, uma parcela
maior dos recursos que captam
dos clientes. Na prática, acabam por ter menos recursos
para empréstimos.
A outra vilã do dia foi a ação
da própria BM&FBovespa.
Responsável pela terceira
maior negociação do pregão
-7,3% do total, o que representou R$ 344 milhões em transações-, a ação ON da BM&FBovespa registrou baixa de 5,34%,
a maior do dia. O balanço apresentado pela empresa não foi
bem recebido no mercado.
O aumento das despesas da
empresa, que saltaram 21% entre o terceiro e o quarto trimestres, foi um dos pontos levantados por analistas para justificar
a má recepção ao balanço.
No exterior, os investidores
se focaram no discurso de Ben
Bernanke, presidente do Fed
(banco central dos EUA), que
sinalizou que os juros permanecerão bastante baixos por
um bom tempo no país. O índice Dow Jones, que agrupa 30
das mais negociadas ações
americanas, teve alta de 0,89%.
Na Europa, houve ganhos de
0,52% na Bolsa de Londres e de
0,20% em Frankfurt.
Apesar de a Europa ter respirado nos últimos dias, a Grécia
ainda não encontrou solução
para seus problemas econômicos. Para piorar as perspectivas, a agência de classificação
de risco Standard & Poor's avisou ontem que pode rebaixar a
nota atribuída ao país.
Essas incertezas acabam por
pesar também no desempenho
do mercado doméstico. Nos últimos dias, os estrangeiros diminuíram as compras de ações
brasileiras. No acumulado deste mês, até o dia 22, o balanço
das operações realizadas com
capital externo mantinha-se
positivo, em torno de R$ 170
milhões. Mas, no dia 17, o saldo
chegava a R$ 414 milhões.
O dólar fechou a R$ 1,826, em
baixa de 0,05%.
(FABRICIO VIEIRA)
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