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Europa inicia investigação sobre o Google
Sites concorrentes reclamam que empresa americana rebaixa deliberadamente sua posição nas buscas
DA REDAÇÃO
A União Europeia abriu uma
investigação preliminar sobre
os serviços de busca do Google
e a publicidade ligada a pesquisas na internet, depois que três
sites que atuam na mesma área
reclamaram da empresa.
As reclamações feitas pelos
sites de buscas especializadas
Foundem, ejustice.fr e Ciao
(comprado recentemente pela
rival Microsoft) se encaixam
basicamente em duas categorias. A primeira alegação é a de
que o Google rebaixa propositadamente a posição desses sites no seu serviço de buscas.
Segundo o ejustice.fr (especializado em buscas jurídicas),
o site francês teve, desde 2007,
a sua posição nas aparições da
busca rebaixada três vezes pelo
Google. Em duas oportunidades, a empresa melhorou a sua
posição devido a mudanças no
site, mas logo voltou a ser rebaixada. Com isso, ela chegou à
conclusão de que haveria uma
discriminação sistemática.
O Google negou que rebaixe
deliberadamente a posição das
rivais e afirmou que os endereços delas não têm destaques
nas buscas porque os seus algoritmos (fórmulas matemáticas
complexas) foram designados
para separar os sites que não
são úteis para os usuários. "Não
faz sentido marginalizar o
Foundem, mas não a Amazon
-a Amazon é um risco muito
maior para a gente", disse Julia
Holtz, executiva do Google.
A segunda reclamação envolve o serviço Google Universal
Search, que, em seus resultados, fornece links para mapas,
comparação de preços, vídeos,
entre outros. O Foundem alega
que o Google usa o serviço para
promover injustamente os seus
serviços com mais destaque
que os dos concorrentes.
O Google sustenta que os serviços criados pela empresa só
aparecem com destaque nas
buscas se eles são populares.
As reclamações feitas para os
órgãos reguladores da UE mostram a frustração crescente entre os rivais com a força do Google no mercado de publicidade
ligada a buscas na internet e
com suas práticas comerciais.
Em alguns países europeus, o
Google tem mais de 80% do
mercado de buscas na internet
e da publicidade ligada a elas.
Além dessa reclamação (que
deverá sofrer uma análise de
meses até ser decidido se haverá investigação formal), o Google está sendo investigado na
Itália, onde jornais alegam que
ele está prejudicando seus ganhos com publicidade on-line.
Com "Financial Times" e o "New York Times"
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