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Itália condena empresa por violar privacidade
DA REDAÇÃO
Um tribunal italiano condenou ontem a seis meses de
prisão três altos executivos
do Google por terem deixado
no ar um vídeo amador no
qual um garoto autista aparecia sendo agredido e insultado por colegas de turma.
A sentença por violação de
privacidade não pode ser
aplicada enquanto estiver
tramitando o recurso que a
empresa americana apresentará nos próximos dias.
O caso pode ter implicações mundiais, já que o juiz
concluiu que o Google é responsável pelo conteúdo postado por internautas.
As imagens que causaram
o processo foram gravadas
em 2006 com uma câmara
de celular e mostram quatro
adolescentes dando socos,
empurrando e xingando um
colega em um colégio de segundo grau em Turim. A gravação ficou no Google Vídeos
durante dois meses.
A família da vítima retirou
a queixa, mas a Vivi Down,
ONG de defesa de pessoas
com síndrome de Down,
manteve o processo -embora o garoto não portasse a
síndrome, a organização se
disse lesada com a divulgação do vídeo, em que o menino é chamado de "mongolóide". O juiz acatou denúncias
por cumplicidade de difamação e atentado à vida privada.
O Google alegou ter retirado o vídeo após ser notificado pelas autoridades e insistiu que colaborou com as investigações para localizar os
agressores. "[Os executivos]
não postaram o vídeo, não o
filmaram, não o viram e ainda assim foram considerados
culpados", disse a empresa.
Crítico da sentença, Demi
Getschko, do Comitê Gestor
da Internet no Brasil (CGI,
que integra governo, setor
privado e acadêmico), disse à
Folha que a única maneira
de acabar de vez com conteúdos abusivos seria impedindo que internautas postem textos, vídeos e imagens,
mas afirmou que são necessários mecanismos mais eficientes para identificar conteúdos abusivos.
Com agências internacionais
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