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São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

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ECONOMIA BOMBARDEADA

Há seis meses, só 3% viam conflito como o maior risco, segundo pesquisa; agora, já são 41%

Empresas dos EUA temem choque da guerra

DA REDAÇÃO

A guerra contra o Iraque e o terrorismo são os maiores riscos imediatos para a economia americana, revela pesquisa feita pela Nabe (National Association for Business Economics, uma associação de profissionais) com 223 especialistas entre os dias 3 e 10 deste mês, ou seja, antes do início dos ataques ao Iraque.
Entre os entrevistados, 41% disseram que as operações militares internacionais e a defesa interna são os principais problemas econômicos. Há seis meses, quando foi realizada a pesquisa anterior, essa era a preocupação principal de apenas 3% dos entrevistados.
Em um distante segundo lugar -"sem surpresa", afirma o relatório da associação-, 11% dos entrevistados citaram o crescente déficit orçamentário dos Estados Unidos, "dado o momento atual de proposta de corte nos impostos, receitas reduzidas e um montante incerto de gastos com a guerra no Iraque".
Tim O'Neill, presidente da Nabe, destaca ainda a preocupação com o fato de que os esforços para controlar os desastres corporativos -liderados pela quebra da Enron, gigante do setor de energia- ainda não conseguiram restaurar a confiança do investidor. Quase metade dos entrevistados considera que o governo precisa agir mais para evitar escândalos corporativos, mas menos de um terço deles acredita que as medidas que foram tomadas até agora tenham tido efeito.
A política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) foi considerada satisfatória por 81% dos entrevistados, o maior índice de aprovação desde a crise asiática, em 1998. Em março de 2001, quando a economia americana lutava para sair da recessão, um terço dos entrevistados afirmava que a política monetária do Fed era muito restritiva.
Em contraste com a política monetária, os entrevistados estão divididos acerca da política fiscal do governo: 42% afirmaram que ela era satisfatória. Para 30%, porém, ela estimula além do devido.

Reunião
O presidente americano, George W. Bush, reuniu-se ontem com o presidente do Fed, Alan Greenspan, o secretário do Tesouro, John Snow e o diretor do Conselho Econômico Nacional, Stephen Friedman. A Casa Branca não divulgou detalhes sobre o que foi discutido e disse tratar-se de um encontro periódico.


Com agências internacionais


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