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ECONOMIA BOMBARDEADA
Há seis meses, só 3% viam conflito como o maior risco, segundo pesquisa; agora, já são 41%
Empresas dos EUA temem choque da guerra
DA REDAÇÃO
A guerra contra o Iraque e o terrorismo são os maiores riscos
imediatos para a economia americana, revela pesquisa feita pela
Nabe (National Association for
Business Economics, uma associação de profissionais) com 223
especialistas entre os dias 3 e 10
deste mês, ou seja, antes do início
dos ataques ao Iraque.
Entre os entrevistados, 41% disseram que as operações militares
internacionais e a defesa interna
são os principais problemas econômicos. Há seis meses, quando
foi realizada a pesquisa anterior,
essa era a preocupação principal
de apenas 3% dos entrevistados.
Em um distante segundo lugar
-"sem surpresa", afirma o relatório da associação-, 11% dos
entrevistados citaram o crescente
déficit orçamentário dos Estados
Unidos, "dado o momento atual
de proposta de corte nos impostos, receitas reduzidas e um montante incerto de gastos com a
guerra no Iraque".
Tim O'Neill, presidente da Nabe, destaca ainda a preocupação
com o fato de que os esforços para
controlar os desastres corporativos -liderados pela quebra da
Enron, gigante do setor de energia- ainda não conseguiram restaurar a confiança do investidor.
Quase metade dos entrevistados
considera que o governo precisa
agir mais para evitar escândalos
corporativos, mas menos de um
terço deles acredita que as medidas que foram tomadas até agora
tenham tido efeito.
A política monetária do Fed
(Federal Reserve, o banco central
dos EUA) foi considerada satisfatória por 81% dos entrevistados, o
maior índice de aprovação desde
a crise asiática, em 1998. Em março de 2001, quando a economia
americana lutava para sair da recessão, um terço dos entrevistados afirmava que a política monetária do Fed era muito restritiva.
Em contraste com a política
monetária, os entrevistados estão
divididos acerca da política fiscal
do governo: 42% afirmaram que
ela era satisfatória. Para 30%, porém, ela estimula além do devido.
Reunião
O presidente americano, George W. Bush, reuniu-se ontem com
o presidente do Fed, Alan Greenspan, o secretário do Tesouro,
John Snow e o diretor do Conselho Econômico Nacional, Stephen
Friedman. A Casa Branca não divulgou detalhes sobre o que foi
discutido e disse tratar-se de um
encontro periódico.
Com agências internacionais
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