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TRANSE
Renda e investimento caíram
BID vê América Latina em "encruzilhada"
EDUARDO SIMANTOB
ENVIADO ESPECIAL A MILÃO
Em seu relatório anual para as
operações de 2002, divulgado ontem, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) reconhece que a América Latina está
em pleno desafio de superar uma
crise agravada por contexto internacional complicado. "O rendimento per capita hoje é menor
que há cinco anos, o consumo encontra-se estagnado e o nível de
investimentos caiu para seu mais
baixo ponto em uma década", diz
o relatório.
O banco destaca ainda os esforços em aplicar uma maior variedade de produtos e instrumentos
financeiros para auxiliar a região
a retomar o crescimento. Entre
eles, a adoção de um plano de
apoio ao crédito comercial. No
entanto, em vista dos desentendimentos entre países ricos e emergentes sobre os mecanismos de
investimento atuais do BID, tais
inovações parecem ainda tímidas.
Ao apresentar o relatório, durante a reunião oficial do Conselho de Governadores do BID, ontem, o presidente do banco, Enrique Iglesias, estimou uma taxa
media de crescimento de 1,5% a
2% para a região, deixando o otimismo para 2004 (projeção de
4%). Isso se os conflitos ora em
curso não piorarem o quadro da
economia global, ressalvou. Sem
especular sobre o risco de recessão, Iglesias declarou que o crescimento na região deverá ser retomado, mesmo que seguindo um
passo lento ao longo de todo esse
ano. Segundo seus cálculos, nos
próximos 15 anos a América Latina poderá apresentar um crescimento médio de 2,7% ao ano.
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