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São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

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TRANSE

Renda e investimento caíram

BID vê América Latina em "encruzilhada"

EDUARDO SIMANTOB
ENVIADO ESPECIAL A MILÃO

Em seu relatório anual para as operações de 2002, divulgado ontem, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) reconhece que a América Latina está em pleno desafio de superar uma crise agravada por contexto internacional complicado. "O rendimento per capita hoje é menor que há cinco anos, o consumo encontra-se estagnado e o nível de investimentos caiu para seu mais baixo ponto em uma década", diz o relatório.
O banco destaca ainda os esforços em aplicar uma maior variedade de produtos e instrumentos financeiros para auxiliar a região a retomar o crescimento. Entre eles, a adoção de um plano de apoio ao crédito comercial. No entanto, em vista dos desentendimentos entre países ricos e emergentes sobre os mecanismos de investimento atuais do BID, tais inovações parecem ainda tímidas.
Ao apresentar o relatório, durante a reunião oficial do Conselho de Governadores do BID, ontem, o presidente do banco, Enrique Iglesias, estimou uma taxa media de crescimento de 1,5% a 2% para a região, deixando o otimismo para 2004 (projeção de 4%). Isso se os conflitos ora em curso não piorarem o quadro da economia global, ressalvou. Sem especular sobre o risco de recessão, Iglesias declarou que o crescimento na região deverá ser retomado, mesmo que seguindo um passo lento ao longo de todo esse ano. Segundo seus cálculos, nos próximos 15 anos a América Latina poderá apresentar um crescimento médio de 2,7% ao ano.


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