|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Light afirma que indústria começa a atrasar pagamento
Alta do consumo de energia no país será menor, diz ONS
DA FOLHA ONLINE
DA SUCURSAL DO RIO
A Light, que opera na região
metropolitana do Rio, já começa a perceber reflexos da crise
na parte de pagamentos. O presidente da empresa, José Luiz
Alquéres, disse que clientes de
grande porte, principalmente
os industriais, já começam a
atrasar o pagamento das contas, como forma de se financiar.
Porém, em termo de demanda, a Light não teria sido tão
afetada, já que a maior parte de
seus consumidores é formada
por comércio, serviços e residências. Com isso, a expectativa é de um crescimento de mercado de 2% neste ano, ante um
avanço de 2,5% em 2008. "[A
Light] foi muito pouco afetada
pela crise. O nosso mercado está crescendo, mas, é claro, gostaria que estivesse avançando
mais", afirmou Alquéres.
O maior problema para a
companhia têm sido os pagamentos, segundo ele. "Temos
que segurar muito para manter
a adimplência. Há uma tendência, especialmente do segmento industrial, de se financiar às
nossas custas, em um dinheiro
mais barato que o dos bancos. É
uma postergação de pagamento da conta, com uma multa pequena. Em última análise, pune
os demais consumidores que
pagam em dia", disse.
Consumo
A crise levará a revisão da
previsão de consumo em 2009
de energia elétrica entre 1.500 e
2.000 megawatts médios, o
equivalente a três vezes a carga
de Brasília. A redução corresponde a 3% da demanda projetada anteriormente para o ano,
segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
"Com isso, a carga do sistema
deverá avançar de 2% a 3%, em
linha com o crescimento da
economia", diz Hermes Chipp
diretor-geral do ONS. Se a desaceleração do PIB for maior,
afirma Chipp, a demanda por
energia acompanhará.
Inicialmente, previa-se uma
expansão no consumo de aproximadamente 3.000 megawatts médios, ou 5% de crescimento em relação à carga média verificada em 2008, de 52 mil megawatts médios. Se fosse
confirmada, a expansão do consumo equivaleria à inserção de
uma cidade como São Paulo no
sistema elétrico nacional.
O ONS verificou reação no
consumo de energia de 4,9% no
mês passado ante janeiro e de
0,8% em relação a fevereiro de
2008. Atingiu cerca de 52 mil
megawatts médios, o equivalente ao verificado no período
pré-crise. "A reação da indústria aos incentivos do governo
explica em parte esse aumento", diz Chipp. O ONS observa
que o fato de o verão ter atingido temperaturas mais altas
também explica a elevação.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Gasolina não terá redução, diz Gabrielli Índice
|