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Dívida pública volta a subir e alcança R$ 1,5 trilhões
Alta registrada em fevereiro recompôs a queda de janeiro
EDUARDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O estoque da dívida pública
federal voltou a crescer em fevereiro e encerrou o mês em
R$ 1,494 trilhão. A alta de
2,56% no período (ou R$ 37,31
bilhões) praticamente recompôs a queda registrada em janeiro, quando o endividamento
foi de R$ 1,457 trilhão.
As vendas de papéis do Tesouro totalizaram R$ 39,7 bilhões, e os resgates, R$ 11,62 bilhões. Quase um terço das
emissões corresponde a uma
série de novos títulos com vencimento mais longos.
"A principal diretriz da administração da dívida é a redução
dos custos. E os títulos de mais
longo prazo são favoráveis ao
emissor, porque, como têm
menor risco, pagam preço menor a investidores", diz o coordenador-geral de operações da
dívida, Fernando Garrido.
Além disso, papéis com esse
perfil são preferidos por agentes internacionais, cuja posse
de títulos da dívida interna, já
recorde há alguns meses, subiu
de R$ 114 bilhões para R$118 bilhões (8,75% do total). No primeiro bimestre, o Tesouro pôde acelerar a recompra de títulos da dívida externa, que chegou a US$ 828,5 milhões, o
maior volume desde 2007.
Para o economista-chefe da
Austin Rating, Alex Agostini, a
boa colocação no mercado de
títulos brasileiros prefixados
com prazos mais longos demonstra que os investidores
não estão cobrando um preço
mais alto para aceitarem esse
tipo de papel, o que facilita a
gestão de caixa do governo. "A
rentabilidade é maior que a da
maioria dos outros países, e o
risco de investir em renda fixa
no Brasil caiu muito nos últimos anos. É o cenário ideal."
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