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MERCADO FINANCEIRO
Câmbio tem entrada superior a US$ 500 mi
da Reportagem Local
Os exportadores, principalmente os do setor de soja, entraram
vendendo dólar comercial.
O investidor brasileiro -pessoas físicas, jurídicas e participantes de fundos no mercado internacional- está trazendo de volta
seus dólares ao país. O resultado
foram entradas calculadas pelo
mercado entre US$ 500 milhões e
US$ 600 milhões ontem.
Com maior volume de dólar no
mercado, as cotações da moeda
norte-americana chegaram a cair
para R$ 1,835, contra os R$ 1,85
do fechamento de anteontem. Foi
quando o Banco do Brasil, a pedido do Banco Central, começou a
comprar lote grande de dólares,
estimado em US$ 150 milhões.
Também o Lloyds foi visto comprando dólares, cerca de US$ 200
milhões, provavelmente a pedido
da Sabesp, que tem dívida externa
de US$ 275 milhões em eurobônus
vendendo no dia 29.
No fechamento, o dólar caiu para R$ 1,84, uma desvalorização de
0,54% contra anteontem.
Efeito Lightpar
Embora a Lightpar ON ainda esteja fora da Bolsa de Valores de
São Paulo, os rumores sobre a empresa movimentam o mercado.
O Índice Bovespa teve comportamento atípico ontem: fechou em
alta no mercado à vista, de 0,11%,
mas em baixa nos contratos futuros da BM&F, de 2,31%.
No mercado de balcão (negócios
realizados entre as partes, fora da
Bolsa de Valores ou da BM&F), os
preços da Lightpar ON despencaram, dos R$ 40 o lote de mil que
chegaram a atingir, para R$ 5.
Os investidores haviam apostado que a Lightpar se tornaria uma
empresa com faturamento superior a R$ 300 milhões com a concessão do serviço de infovias por
parte da Eletrobrás.
A ação subiu 2.474% na Bolsa
em março por conta disso e teve a
negociação suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários, que
investiga a existência de informação privilegiada.
Os rumores, ontem, eram de
que a concessão não seria mais da
Lightpar. Também corria no mercado a versão que a Lightpar teria
de pagar aluguel semelhante ao faturamento em troca da concessão.
Como a Lightpar ON está fora da
Bolsa, a mudança de expectativa
não afetou o Ibovespa à vista. Mas
o mercado futuro passou a embutir a queda no preço do papel e do
índice.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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