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MERCADO ABERTO
Inadimplência é recorde em março
O volume de cheques sem
fundos registrou recorde
histórico em março deste
ano, segundo levantamento
da Serasa (Centralização de Serviços Bancários). Foram devolvidos 20,8 cheques sem fundos por
mil compensados, o maior índice
desde que a Serasa começou o levantamento, em 1991. O pior resultado havia sido em maio de
2003, quando foram devolvidos
17,6 cheques a cada mil.
Segundo a Serasa, em março
foram devolvidos 3,5 milhões de
cheques sem fundos de mais de
170 milhões compensados. O número representa uma alta de
31,6% em comparação a fevereiro, mês em que foram devolvidos
15,8 cheques a cada mil. Já em relação a março de 2004, o aumento foi de 20,9% -no mesmo mês
do ano passado haviam sido devolvidos 17,2 cheques a cada mil.
No primeiro trimestre deste
ano, o levantamento da Serasa
registrou uma alta de 6,7% em
relação ao mesmo período do
ano passado. De janeiro a março
deste ano, foram devolvidos 17,4
cheques sem fundos a cada mil.
Foram 8,6 milhões de cheques
devolvidos de mais de 525 milhões compensados.
Os dados da Serasa mostram
também um crescimento de cheques sem fundos no acumulado
dos últimos 12 meses. Depois de
registrar duas quedas consecutivas em janeiro e fevereiro, esse
indicador voltou a subir em março. Foram devolvidos 16,09 cheques a cada mil, expansão de
1,8%, a maior alta desse indicador desde o início da série.
Segundo Laércio de Oliveira
Pinto, diretor da Serasa, a alta
dos cheques sem fundos em
março já reflete a contração de
renda das famílias nos três primeiros meses do ano. A queda na
renda decorre, entre outras razões, da alta do desemprego registrado no início do ano e do aumento de preços de bens e serviços, entre eles transporte e alimentação. "A conjuntura já começa a influenciar os índices",
diz o diretor da Serasa.
EXPECTATIVA
O CNDI (Conselho Nacional
de Desenvolvimento Industrial), formado por dez ministros, sete lideranças empresariais e mais Guido Mantega
(BNDES), se reúne amanhã em
Brasília para discutir uma nova
política industrial. Armando
Monteiro (CNI) irá apresentar
um novo mapa estratégico, e
Mantega, os novos juros de
empréstimos do BNDES.
NOVOS MERCADOS
O "board" da InBev se reúne
em 2 e 3 de maio na Guatemala.
Será a terceira reunião desde a
criação da cervejaria, em 2004,
e a segunda fora do Brasil.
LIVRO PRODUTIVO
O Ministério do Desenvolvimento distribui gratuitamente
o livro "Instrumentos de Apoio
ao Setor Produtivo: onde buscar apoio para o seu negócio".
A publicação contém informações sobre ferramentas governamentais criadas para apoiar
vários setores da economia.
ESPECIALIZAÇÃO
O Conselho Federal de Contabilidade e o Sebrae estão investindo R$ 12 milhões no projeto "Contabilizando Sucesso",
um curso de especialização aos
profissionais de contabilidade
para que possam atender às
micro e pequenas empresas.
CAUTELA
A ANTT, a agência reguladora do setor de transportes terrestres, não irá se pronunciar
sobre a participação da Vale do
Rio Doce na ferrovia MRS enquanto o Cade não tomar uma
decisão a esse respeito. A
ANTT prefere não influenciar o
órgão de defesa da concorrência. A mineradora detém 40%
das ações com direito a voto na
MRS, enquanto o máximo permitido pela lei de privatização é
de 20%. Na semana passada, a
Vale entregou à ANTT proposta para manter os 40% na MRS,
um dos principais canais de exportação de aço do país.
FOCO NAS PEQUENAS
A RM Sistemas, empresa mineira especializada em softwares de gestão administrativa,
inaugura amanhã a expansão
de sua unidade de SP, na qual
investiu R$ 6,5 milhões. A RM,
cujo foco são médias empresas,
adaptou recentemente sua linha de produtos para conquistar o mercado das pequenas.
"Criamos uma versão compacta do nosso software de gestão
de RH e de administração financeira para alcançar empresas com menos de 20 funcionários", diz um dos sócios, Cláudio Notini. A empresa faturou
R$ 110 milhões em 2004.
MERCADO QUENTE
Flavio Florido/Folha Imagem
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O presidente da associação de empresas do setor erótico, Evaldo Shiroma, em sex shop em SP |
O aumento do interesse feminino no mercado de produtos eróticos tem impulsionado os ganhos do setor,
que registra taxas anuais de
crescimento entre 10% e
15% desde o fim da década
de 90. A informação é de
Evaldo Shiroma, presidente
da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do
Mercado Erótico e Sexual),
que congrega empresas de
acessórios, motéis e vídeos,
entre outros. O setor, que fatura estimados R$ 700 milhões ao ano, segundo a entidade, prevê números ainda melhores com a nona
edição da Erotika Fair, feira
que, de 6 a 12 de maio, reunirá os principais distribuidores e fabricantes da indústria
do sexo em São Paulo.
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