São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Dólar e Bolsa registram leve oscilação, na expectativa da divulgação da ata da reunião do Copom

Investidor mantém cautela à espera do BC

DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE

De olho nos preços do petróleo e à espera da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), o dólar comercial e a Bovespa tiveram uma segunda-feira de cautela, oscilando perto da estabilidade. A moeda norte-americana terminou o dia em queda de 0,33%, vendida a R$ 2,114. O risco-país subiu 1,32%, para 231 pontos, e a Bolsa de Valores recuou 0,06%, para 39.751 pontos -o volume de negócios foi inferior à média dos últimos dias.
Em Nova York, o barril de petróleo caiu para US$ 73,33, recuo de 2,5% ante os US$ 75,17 recordes do fechamento de sexta-feira (leia à pág. B6). Mesmo assim, a recente escalada dos preços continua preocupando pelo temor de que a inflação dos EUA suba e provoque, assim, uma elevação dos juros da economia norte-americana. Taxas mais altas atraem os investidores, os quais podem abandonar suas aplicações em mercados como o brasileiro em busca de melhores retornos. "O petróleo é um dos fatores que o BC considera para definir a política monetária. A fim de saber até que ponto a elevação das últimas semanas está preocupando os membros do comitê, os investidores aguardam a divulgação da ata, na próxima quinta-feira", diz Carlos Henrique Abreu, analista da corretora Socopa.
Na sua opinião, indicações de maiores cortes da taxa Selic -na semana passada, o comitê decidiu reduzi-la em 0,75 ponto percentual, para 15,75% ao ano- podem ser a notícia que a Bovespa está esperando para se firmar acima dos 40 mil pontos. "É preciso que mais investidores apliquem na Bolsa", diz Abreu. A redução dos juros, além de favorecer as empresas, torna os investimentos em renda fixa menos atraentes, e os recursos podem então ser colocados em renda variável, como na Bolsa de Valores.
O destaque do pregão ficou para as ações da Vale -as preferenciais subiram 2,93%, para R$ 96,30, e tiveram o maior giro do pregão, por conta da expectativa de negociações mais favoráveis dos preços do minério de ferro no mercado internacional.
No mercado de câmbio, o volume de transações também foi reduzido. O leilão de compra de divisas realizado pelo BC não mexeu com as cotações, porque o fluxo de entrada de recursos no mercado continua grande.


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