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MERCADO FINANCEIRO
Dólar e Bolsa registram leve oscilação, na expectativa da divulgação da ata da reunião do Copom
Investidor mantém cautela à espera do BC
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
De olho nos preços do petróleo
e à espera da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central),
o dólar comercial e a Bovespa tiveram uma segunda-feira de cautela, oscilando perto da estabilidade. A moeda norte-americana terminou o dia em queda de 0,33%,
vendida a R$ 2,114. O risco-país
subiu 1,32%, para 231 pontos, e a
Bolsa de Valores recuou 0,06%,
para 39.751 pontos -o volume de
negócios foi inferior à média dos
últimos dias.
Em Nova York, o barril de petróleo caiu para US$ 73,33, recuo
de 2,5% ante os US$ 75,17 recordes do fechamento de sexta-feira
(leia à pág. B6). Mesmo assim, a
recente escalada dos preços continua preocupando pelo temor de
que a inflação dos EUA suba e
provoque, assim, uma elevação
dos juros da economia norte-americana. Taxas mais altas
atraem os investidores, os quais
podem abandonar suas aplicações em mercados como o brasileiro em busca de melhores retornos. "O petróleo é um dos fatores
que o BC considera para definir a
política monetária. A fim de saber
até que ponto a elevação das últimas semanas está preocupando
os membros do comitê, os investidores aguardam a divulgação da
ata, na próxima quinta-feira", diz
Carlos Henrique Abreu, analista
da corretora Socopa.
Na sua opinião, indicações de
maiores cortes da taxa Selic -na
semana passada, o comitê decidiu
reduzi-la em 0,75 ponto percentual, para 15,75% ao ano- podem ser a notícia que a Bovespa
está esperando para se firmar acima dos 40 mil pontos. "É preciso
que mais investidores apliquem
na Bolsa", diz Abreu. A redução
dos juros, além de favorecer as
empresas, torna os investimentos
em renda fixa menos atraentes, e
os recursos podem então ser colocados em renda variável, como na
Bolsa de Valores.
O destaque do pregão ficou para as ações da Vale -as preferenciais subiram 2,93%, para R$
96,30, e tiveram o maior giro do
pregão, por conta da expectativa
de negociações mais favoráveis
dos preços do minério de ferro no
mercado internacional.
No mercado de câmbio, o volume de transações também foi reduzido. O leilão de compra de divisas realizado pelo BC não mexeu com as cotações, porque o
fluxo de entrada de recursos no
mercado continua grande.
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