LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Depois de controlar a ferrugem asiática no oeste do Estado, a Bahia se prepara para colher uma das maiores safras de soja do país. Até a semana passada, com mais de 50% de toda a área plantada colhida, a média de produtividade da região girava em torno de 48 sacas por hectare, com casos onde se chega a até 70 sacas por hectare.
Segundo a Secretaria da Agricultura do Estado, a safra atual deve atingir cerca de 2,5 milhões de toneladas, superando os números de 2004/2005 -2,36 milhões de toneladas.
"A expectativa de uma grande safra este ano demonstra, mais uma vez, o sucesso do Programa Estratégico de Manejo da Ferrugem Asiática da Soja no oeste da Bahia e a importância do alerta e do monitoramento realizado pela equipe técnica junto aos produtores", disse o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia), Cássio Peixoto.
Segundo ele, somente nesta safra, mais de 4.000 amostras de folhas com suspeita da doença foram analisadas nos laboratórios da SOS Soja e da Adab e apenas 57 focos foram confirmados.
"Talvez o menor número de focos do país, fazendo com que os produtores baianos, na sua maioria, realizassem apenas duas aplicações de fungicidas contra a ferrugem. A Bahia deverá ter a melhor média brasileira de colheita de soja este ano", disse Peixoto.
O assessor de agronegócio da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), Ivanir Maia, disse, no entanto, que o excesso de chuva pode comprometer a produtividade. "Agora, é tanta água que torcemos por uma trégua para que não comprometa a colheita e a qualidade do grão."


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