GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO

Maior produtor de açúcar e álcool do país, os números do grupo Cosan causam impacto. O mercado estima que 5% de todo o açúcar e 4% de todo o álcool combustível consumidos no mundo saiam de unidades da empresa. O faturamento anual gira em torno de R$ 3,6 bilhões. Suas 17 usinas se estendem por 500 mil hectares, quatro vezes a área do município de São Paulo. A Cosan conta com 35 mil empregados.
A empresa também está no centro de uma série de controvérsias -do relacionamento com os concorrentes a denúncias de irregularidades trabalhistas, passando pela cobiça de gigantes multinacionais. Uma das principais polêmicas foi a drástica mudança na organização do grupo, em 2007, realizada justamente para manter o controle com a família dos fundadores. Quarta geração dos Ometto, que iniciou a companhia há 72 anos, em Piracicaba (SP), Rubens Ometto Silveira Mello, o principal acionista, abriu uma nova holding, a Cosan Limited, com sede nas Bermudas e ações listadas na Bolsa de Nova York. Ometto convidou os acionistas da Cosan S/A, com papéis na Bovespa, a migrar para Nova York. Nos EUA, as ações de Ometto valem por dez das comuns. A oferta gerou reação. O desenlace da proposta ocorreu há uma semana.
O leilão da Oferta Pública de Ações de permuta de papéis da Cosan S.A. pelos da Cosan Limited, resultou na adesão de 15,5% dos minoritários. Como a migração ficou abaixo dos dois terços, o grupo terá de manter as ações na Bovespa.
Depois da OPA, a Cosan Limited passou a deter 62,8% das ações ON da S.A. Antes, eram 56,11%. O grupo entrou no mercado brasileiro de capitais em 2004. Desde então captou cerca de US$ 3 bilhões.


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