São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2008

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Ações da Vale e da Petrobras pesam, e Bolsa recua 0,57%

Paulson diz que economia dos EUA dá sinais de melhora

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do recuo nos dois últimos pregões, a Bovespa registra valorização elevada, de 5,92%, neste mês. E, para esse resultado positivo, a participação dos investidores estrangeiros tem sido fundamental.
No mês, até o dia 18, a entrada líquida de capital externo na Bolsa foi de R$ 4,98 bilhões. Os estrangeiros respondem por cerca de 35% das operações feitas no mercado de ações brasileiros e têm bastante relevância no desempenho da Bolsa.
Ontem, a Bovespa recuou 0,57%. A queda de ações como Petrobras PN (-2,12%) e Vale PNA (-2,82%) dificultou uma alta da Bolsa paulista. A Bovespa conseguiu subir (0,21%, na máxima) por pouco tempo durante o pregão. O movimento de baixa predominou e chegou a fazer a Bolsa recuar até 1,12%.
Depois do fechamento do mercado, a Vale divulgou queda de 56% no lucro no primeiro trimestre (leia à pág. B1)
Enquanto isso, o mercado americano encontrou espaço para conquistar mais um pregão de alta. O índice Dow Jones subiu 0,67%. A Nasdaq, 0,99%.
No setor corporativo, a informação de que o banco Merrill Lynch manteve seu pagamento de dividendos animou os investidores -temia-se que, devido à atual crise, o benefício fosse cortado. As ações do Merrill Lynch subiram 7,08% em Nova York e arrastaram papéis de outros bancos, como os de Citigroup (alta de 4,59%) e JPMorgan Chase (4,03%).
Houve também o balanço da Ford, que surpreendeu com a divulgação de lucro líquido de US$ 100 milhões no primeiro trimestre. Os papéis da empresa subiram 11,7% na Bolsa.
Entre os indicadores econômicos americanos conhecidos, foi bem recebido o que mostrou queda no volume de novos pedidos de seguro-desemprego.
Ontem, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, afirmou que há sinais de que os mercados financeiros estão se acalmando, o que pode voltar o foco das ações ao estímulo de uma economia enfraquecida.

Juros
A ata do Copom, muito aguardada, acabou por decepcionar, por não deixar claro qual será o futuro dos juros no país. Na BM&F, as taxas de juros subiram na maioria dos contratos DI ontem. Em um dos contratos mais negociados, com resgate daqui a 20 meses, a taxa foi de 13,58% para 13,67%.
O dólar inverteu seu rumo ontem e terminou com apreciação, de 0,72%, diante do real. A moeda foi vendida a R$ 1,671.


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