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MERCADO FINANCEIRO
Juros no over caem para menos de 21%
da Reportagem Local
Os juros caíram ontem com a expectativa de redução na taxa básica (TBC) pelo Comitê de Política
Monetária, cuja reunião só terminou após o fechamento do mercado. A Bolsa de Valores de São Paulo teve mais um dia de movimento
fraco, girando R$ 464,6 milhões, e
terminou em queda de 0,81%.
Nos mercados futuros, os juros
projetados nos contratos para
vencimento em agosto caíram de
21,29% ao ano para 21,09%. No
mercado do dia-a-dia, o chamado
over, os juros dos Certificados de
Depósito Interbancário (CDI)
passaram de 21,01% ao ano para
20,91%. A TBC (piso do over) estava em 21,75% e os especialistas esperavam que ela fosse reduzida
para até 20,5% a partir de hoje.
O câmbio futuro na BM&F chegou a apresentar nervosismo, com
queda de preços à tarde. Mas, no
final do dia, houve calmaria. Só o
contrato para vencimento em julho terminou pressionado, com
projeção de desvalorização do real
passando de 0,61% ao mês anteontem para 0,62% ontem.
No mercado à vista, houve calmaria e o Banco Central alterou o
piso e o teto da minibanda, a faixa
informal de variação do câmbio,
em 0,1%. O dólar comercial para
compra terminou o dia colado no
piso da minibanda, a R$ 1,1555.
A tensão voltou ao mercado de
ações com a nova desvalorização
do iene contra o dólar, que chegou
a ser cotado a 140,9 ienes, abaixo
dos patamares registrados após a
intervenção do Fed (banco central
dos EUA), de 142,8. Os investidores na Bolsa de Valores de São
Paulo ignoraram a alta de 1,08%
na Bolsa de Nova York e a provável redução nos juros brasileiros e
realizaram lucros.
Com a desvalorização do iene e o
aprofundamento da crise asiática,
os investidores internacionais
continuam desanimados com os
chamados mercados emergentes,
o que incluiu o Brasil.
Neste mês, até o dia 20 último,
saíram R$ 548,236 milhões em investimentos estrangeiros da Bolsa
de Valores de São Paulo. A saída
de recursos externos deste mês deve ser maior do que a do mês passado, de R$ 554,5 milhões.
Hoje, o Banco Central vai vender
R$ 8 bilhões de Letras do Banco
Central (títulos de juros pós-fixados) com vencimento em 25 de setembro e R$ 500 milhões em títulos com correção cambial e vencimento em 26 de novembro.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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