São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 2000


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AVIAÇÃO
Pelo menos dois dos quatro proprietários de terrenos em Gavião Peixoto resistem à idéia
Governo de SP vai desapropriar área para Embraer

EVANDRO SPINELLI
DA FOLHA RIBEIRÃO

O governo do Estado vai desapropriar, nos próximos dias, uma área de 600 alqueires em Gavião Peixoto (315 km de São Paulo) para a construção da nova fábrica de aviões da Embraer. No local, estão plantados cerca de 500 mil pés de laranja.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, José Anibal Peres de Pontes, o ato de desapropriação já está pronto, faltando apenas uma revisão pela área jurídica do governo.
Pelo menos dois dos quatro proprietários das terras ainda resistem à idéia e não querem fazer um acordo com o Estado para a cessão de suas áreas. Apesar disso, o secretário garante que haverá a desapropriação.
A Cutrale, indústria de sucos com sede em Araraquara e que tem 200 alqueires no terreno desejado pela empresa de aviões, chegou a oferecer duas áreas alternativas, próximas do local escolhido, mas a Embraer não aceitou, dizendo que havia interferência do espaço aéreo de Pirassununga, onde existe uma academia da Força Aérea Brasileira (FAB).
Ontem à tarde, aconteceu uma reunião na sede da secretaria para tentar um acordo. O encontro não havia terminado até as 19h de ontem.
Se houver acordo, será feita uma desapropriação amigável, com as duas partes -governo e proprietários- concordando com o valor da desapropriação. Caso contrário, o valor será estabelecido por peritos nomeados pela Justiça.
Segundo Pontes, mesmo que os proprietários decidam questionar a desapropriação, não deverá haver atraso no início das obras.
"Preciso rapidamente ter acesso à área. Precisamos começar as obras no local", disse. A Embraer pretende iniciar a produção em Gavião Peixoto em outubro do ano que vem. A construção da pista de testes dos aviões deve começar em agosto.


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