|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AVIAÇÃO
Pelo menos dois dos quatro proprietários de terrenos em Gavião Peixoto resistem à idéia
Governo de SP vai desapropriar área para Embraer
EVANDRO SPINELLI
DA FOLHA RIBEIRÃO
O governo do Estado vai desapropriar, nos próximos dias, uma
área de 600 alqueires em Gavião
Peixoto (315 km de São Paulo) para a construção da nova fábrica de
aviões da Embraer. No local, estão
plantados cerca de 500 mil pés de
laranja.
Segundo o secretário de Ciência
e Tecnologia do Estado, José Anibal Peres de Pontes, o ato de desapropriação já está pronto, faltando apenas uma revisão pela área
jurídica do governo.
Pelo menos dois dos quatro
proprietários das terras ainda resistem à idéia e não querem fazer
um acordo com o Estado para a
cessão de suas áreas. Apesar disso, o secretário garante que haverá a desapropriação.
A Cutrale, indústria de sucos
com sede em Araraquara e que
tem 200 alqueires no terreno desejado pela empresa de aviões,
chegou a oferecer duas áreas alternativas, próximas do local escolhido, mas a Embraer não aceitou, dizendo que havia interferência do espaço aéreo de Pirassununga, onde existe uma academia
da Força Aérea Brasileira (FAB).
Ontem à tarde, aconteceu uma
reunião na sede da secretaria para
tentar um acordo. O encontro não
havia terminado até as 19h de ontem.
Se houver acordo, será feita
uma desapropriação amigável,
com as duas partes -governo e
proprietários- concordando
com o valor da desapropriação.
Caso contrário, o valor será estabelecido por peritos nomeados
pela Justiça.
Segundo Pontes, mesmo que os
proprietários decidam questionar
a desapropriação, não deverá haver atraso no início das obras.
"Preciso rapidamente ter acesso
à área. Precisamos começar as
obras no local", disse. A Embraer
pretende iniciar a produção em
Gavião Peixoto em outubro do
ano que vem. A construção da
pista de testes dos aviões deve começar em agosto.
Texto Anterior: Luís Nassif: A volta do planejamento Próximo Texto: Proprietários e Estado têm primeira reunião Índice
|