São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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Só Frankfurt conseguiu fechar em alta no continente

Europa também tenta conter pânico nas Bolsas

DA REDAÇÃO

A ação antipânico de contenção da queda nas Bolas de Valores não se restringiu aos EUA. Autoridades européias também agiram ontem para aplacar o desespero dos investidores, mas apenas o mercado de Frankfurt conseguiu acompanhar a alta norte-americana e fechar no azul.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, o presidente do Banco da França (banco central do país), Jean-Claude Trichet, e o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, afirmaram que a economia da região é resistente e superará a crise no mercado de ações.
"Estamos muito preocupados com a instabilidade nos mercados financeiros", afirmou Prodi. "Mas a economia européia é bastante saudável."
O comissário para mercados internacionais, Fritz Bolkestein, tentou afastar suspeitas de que possam ocorrer na Europa escândalos corporativos como os que surgiram nos EUA. "Não podemos descartar essa possibilidade, mas, no momento, não tenho nenhuma informação de que isso vá ocorrer", afirmou.
Prodi afirmou que as autoridades européias estão conversando constantemente sobre a queda no preços das ações e discutindo as consequências econômicas do fenômeno. "Se perguntassem se corremos o risco de um novo 1929, diria que não, porque os fundamentos são bons", disse.

Exagero?
Trichet, do Banco da França, disse que a queda das Bolsas nas últimas semanas parece exagerada. Para o economista, no entanto, isso não deverá afetar o crescimento dos países europeus.
Mas um dos efeitos da atual crise de credibilidade do investimento em ações, especialmente nos EUA, é a queda do dólar em relação ao euro. Isso torna as exportações européias mais caras, o que preocupa os empresários da região e pode afetar a atividade da indústria do continente.
Por intermédio de seu porta-voz, Tony Blair também fez questão de passar sua mensagem de otimismo. Disse que a economia britânica é uma das mais preparadas para enfrentar a atual turbulência nos mercados. A Bolsa de Londres não deu ouvidos e caiu ao nível mais baixo em seis anos.


Com agências internacionais


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