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Só Frankfurt conseguiu fechar em alta no continente
Europa também tenta conter pânico nas Bolsas
DA REDAÇÃO
A ação antipânico de contenção
da queda nas Bolas de Valores
não se restringiu aos EUA. Autoridades européias também agiram ontem para aplacar o desespero dos investidores, mas apenas
o mercado de Frankfurt conseguiu acompanhar a alta norte-americana e fechar no azul.
O primeiro-ministro do Reino
Unido, Tony Blair, o presidente
do Banco da França (banco central do país), Jean-Claude Trichet,
e o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, afirmaram
que a economia da região é resistente e superará a crise no mercado de ações.
"Estamos muito preocupados
com a instabilidade nos mercados
financeiros", afirmou Prodi. "Mas
a economia européia é bastante
saudável."
O comissário para mercados internacionais, Fritz Bolkestein,
tentou afastar suspeitas de que
possam ocorrer na Europa escândalos corporativos como os que
surgiram nos EUA. "Não podemos descartar essa possibilidade,
mas, no momento, não tenho nenhuma informação de que isso vá
ocorrer", afirmou.
Prodi afirmou que as autoridades européias estão conversando
constantemente sobre a queda no
preços das ações e discutindo as
consequências econômicas do fenômeno. "Se perguntassem se
corremos o risco de um novo
1929, diria que não, porque os
fundamentos são bons", disse.
Exagero?
Trichet, do Banco da França,
disse que a queda das Bolsas nas
últimas semanas parece exagerada. Para o economista, no entanto, isso não deverá afetar o crescimento dos países europeus.
Mas um dos efeitos da atual crise de credibilidade do investimento em ações, especialmente
nos EUA, é a queda do dólar em
relação ao euro. Isso torna as exportações européias mais caras, o
que preocupa os empresários da
região e pode afetar a atividade da
indústria do continente.
Por intermédio de seu porta-voz, Tony Blair também fez questão de passar sua mensagem de
otimismo. Disse que a economia
britânica é uma das mais preparadas para enfrentar a atual turbulência nos mercados. A Bolsa de
Londres não deu ouvidos e caiu
ao nível mais baixo em seis anos.
Com agências internacionais
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