São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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Coladas nos EUA, Bolsas européias oscilam; alemã cai 7% e sobe 3%

DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria das principais Bolsas européias não conseguiu se beneficiar da forte recuperação do mercado norte-americano ontem. Por causa do fuso horário, a maioria das Bolsas da Europa já estava no fim de suas atividades quando os negócios começaram em Wall Street. Apenas a de Frankfurt, que tem pregão estendido, fechou em alta ontem.
A recuperação da Bolsa alemã foi tão surpreendente quanto a das americanas. Depois de abrir em baixa e chegar a cair 7% em relação ao dia anterior, o índice DAX fechou em alta de 3,32%.
A variação, de mais de 10 pontos percentuais, foi puxada pelas ações de grandes empresas do país, como a Deutsche Telekom e a DaimlerChrysler. A gigante de telefonia alemã fechou o dia com ganho de 14,5% enquanto as ações da fabricante de automóveis subiram 6,1%.
"O que vimos hoje [ontem" foram investidores realizando operações pequenas e de cobertura de posições, que vieram logo que o "crash" que se esperava em Wall Street não aconteceu", disse o operador Bernd Kulb. A forte guinada do mercado, entretanto, deixou ainda mais claro como está volátil está o mercado acionário alemão -e europeu.

Outros mercados
Os outros principais mercados, que não tem um pregão tão extenso como o de Frankfurt, não foram capazes de apagar as perdas do início do dia. Mesmo assim, a maioria dessas Bolsas registrou recuperação no fim de seus pregões. Esses dois fatores indicam que hoje, após a abertura dos mercados na Europa, pode haver uma alta generalizada nas principais praças da região.
Ontem a Bolsa de Londres fechou em queda de 2,1%, depois de ter despencado 6,1% durante o pregão. O mercado inglês foi bastante prejudicado pela desvalorização dos papéis de bancos e seguradoras. A retomada no fim do dia só foi alcançada graças ao otimismo em Nova York e às ações da farmacêutica GlaxoSmithKline. A empresa foi uma das poucas a fechar o dia em alta (+0,2%).
Os bancos ingleses, afetados pela crise de confiança no setor bancário norte-americano não conseguiram a mesma façanha da farmacêutica. Após o pregão de ontem, uma ação do HSBC estava 2% mais barata que no dia anterior e as do banco Barclays, 3,8%.
Na Suíça e na França a situação não foi diferente da registrada em Londres. A Bolsa suíça fechou em baixa de 0,45%, depois de ter caído 4,8%, e a francesa terminou em queda de 1,51%, recuperando-se da mínima de -5,5%.

Recuperação dramática
O índice FTSE Euro Stoxx 50, que reúne as maiores empresas de toda a Europa, também proporcionou momentos de tensão aos investidores. O indicador chegou a cair 6% durante o pregão, mas recuperou-se na última hora e fechou em baixa de apenas 0,82%.
A recuperação foi sustentada pelas bons desempenhos do grupo suíço de alimentos Nestlé, da farmacêutica Novartis e da petrolífera italiana Eni.
"Agora estamos vendo algum valor", disse Andrea Williams, da corretora Royal London Asset Management, logo após a rápida recuperação do mercado.


Com agências internacionais


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