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Coladas nos EUA, Bolsas européias oscilam; alemã cai 7% e sobe 3%
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria das principais Bolsas
européias não conseguiu se beneficiar da forte recuperação do
mercado norte-americano ontem. Por causa do fuso horário, a
maioria das Bolsas da Europa já
estava no fim de suas atividades
quando os negócios começaram
em Wall Street. Apenas a de
Frankfurt, que tem pregão estendido, fechou em alta ontem.
A recuperação da Bolsa alemã
foi tão surpreendente quanto a
das americanas. Depois de abrir
em baixa e chegar a cair 7% em relação ao dia anterior, o índice
DAX fechou em alta de 3,32%.
A variação, de mais de 10 pontos
percentuais, foi puxada pelas
ações de grandes empresas do
país, como a Deutsche Telekom e
a DaimlerChrysler. A gigante de
telefonia alemã fechou o dia com
ganho de 14,5% enquanto as
ações da fabricante de automóveis subiram 6,1%.
"O que vimos hoje [ontem" foram investidores realizando operações pequenas e de cobertura de
posições, que vieram logo que o
"crash" que se esperava em Wall
Street não aconteceu", disse o
operador Bernd Kulb. A forte guinada do mercado, entretanto, deixou ainda mais claro como está
volátil está o mercado acionário
alemão -e europeu.
Outros mercados
Os outros principais mercados,
que não tem um pregão tão extenso como o de Frankfurt, não foram capazes de apagar as perdas
do início do dia. Mesmo assim, a
maioria dessas Bolsas registrou
recuperação no fim de seus pregões. Esses dois fatores indicam
que hoje, após a abertura dos
mercados na Europa, pode haver
uma alta generalizada nas principais praças da região.
Ontem a Bolsa de Londres fechou em queda de 2,1%, depois de
ter despencado 6,1% durante o
pregão. O mercado inglês foi bastante prejudicado pela desvalorização dos papéis de bancos e seguradoras. A retomada no fim do
dia só foi alcançada graças ao otimismo em Nova York e às ações
da farmacêutica GlaxoSmithKline. A empresa foi uma das poucas
a fechar o dia em alta (+0,2%).
Os bancos ingleses, afetados pela crise de confiança no setor bancário norte-americano não conseguiram a mesma façanha da farmacêutica. Após o pregão de ontem, uma ação do HSBC estava
2% mais barata que no dia anterior e as do banco Barclays, 3,8%.
Na Suíça e na França a situação
não foi diferente da registrada em
Londres. A Bolsa suíça fechou em
baixa de 0,45%, depois de ter caído 4,8%, e a francesa terminou
em queda de 1,51%, recuperando-se da mínima de -5,5%.
Recuperação dramática
O índice FTSE Euro Stoxx 50,
que reúne as maiores empresas de
toda a Europa, também proporcionou momentos de tensão aos
investidores. O indicador chegou
a cair 6% durante o pregão, mas
recuperou-se na última hora e fechou em baixa de apenas 0,82%.
A recuperação foi sustentada
pelas bons desempenhos do grupo suíço de alimentos Nestlé, da
farmacêutica Novartis e da petrolífera italiana Eni.
"Agora estamos vendo algum
valor", disse Andrea Williams, da
corretora Royal London Asset
Management, logo após a rápida
recuperação do mercado.
Com agências internacionais
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