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VAREJO
Apenas grandes redes devem conseguir algum desconto para baixar taxas
Loja e financeira divergem sobre juros
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Há uma queda-de-braço travada entre lojas e financeiras em torno da definição da nova taxa de
juros ao consumidor.
Reuniões entre as partes já começaram desde que o governo
decidiu, nesta semana, reduzir a
taxa básica do mercado (Selic) em
1,5 ponto percentual. Há dificuldade de acordo.
O que existe, publicamente, é
uma intenção das financeiras, ligadas aos bancos, em repassar a
redução ao cliente. Mas, nos bastidores, algumas afirmaram aos
comerciantes que vai ser difícil reduzir as taxas.
São as financeiras que disponibilizam linhas de crédito em lojas
para a venda a prazo. O varejo não
tem recurso próprio para isso.
É provável que apenas grandes
redes de varejo e supermercados
consigam algum desconto na taxa
da financeira. O Pão de Açúcar,
por exemplo, está há dias negociando isso com a Fininvest.
Até o momento, a Lojas Arapuã
que opera por meio de financeiras, informa que conversará com
o banco para tentar negociar uma
queda na taxa. A rede Ponto Frio,
que tem como empresa de crédito
a Losango, também diz apenas
que discutirá a questão. A Casas
Bahia ainda irá ver como o mercado reage para, então, decidir.
"As redes vão determinar suas
políticas de acordo com a forma
que querem ganhar dinheiro, seja
vendendo mercadorias, seja ganhando só com taxas maiores",
diz Valdemir Colleone, diretor
das Lojas Cem.
Desde o início da semana alguns comerciantes têm mantido
conversas telefônicas com gerentes de financeiras para decidir o
que fazer. A Folha apurou que
duas financeiras, entre elas a Panamericano, não deram sinal verde para uma redução agora.
"Vai ser uma briga, mas nós vamos tentar negociar", diz Fábio
Marcondes, diretor da Arapuã.
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