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Mercado aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Meta de superávit depende do mínimo
Os aumentos de gastos do setor público neste ano têm gerado dúvidas entre os economistas se o governo conseguirá ou
não cumprir a meta de 4,25%
do PIB para o superávit primário em 2007.
A equipe de economistas do
Credit Suisse no Brasil fez as
contas e chegou à conclusão de
que o risco fiscal em 2007 está
muito associado ao reajuste do
salário mínimo a ser concedido
no ano que vem.
Para ser atingida a meta de
4,25% do PIB de superávit, o CS
diz que é fundamental o governo conceder um reajuste do salário mínimo na faixa de 7,3%,
bem mais baixo, portanto, do
que os 16,7% de aumento concedido neste ano.
Os economistas do banco
acham, no entanto, bastante
factível um reajuste do salário
mínimo em 2007 na faixa dos
7,3%. A razão seria o ciclo eleitoral. Os maiores reajustes do
mínimo ocorrem geralmente
em anos de eleições presidenciais, como 1998 e 2006, ou em
anos que antecederam as eleições, como 2001 e 2005.
Dessa forma, o CS acredita
que a meta de superávit fiscal
pode ser atingida em 2007. O
cumprimento da meta seria inviável, no entanto, se o governo
mantiver o mesmo ritmo dos
reajustes do mínimo dos últimos anos, já que esta política
obrigaria uma desaceleração
muito forte das despesas de
custeio ou um aumento expressivo da carga tributária.
Com base nessa hipótese de
um aumento do mínimo de
7,3% e considerando um crescimento da receita entre 4% a
5%, os economistas do CS afirmam que a meta de superávit
primário será atingida em 2007
mesmo se houver um aumento
das despesas comparável a deste ano, de 8,7% -incluindo os
investimentos públicos.
SEM EMBAÇO
Os carros da equipe de Stock-Car Terra Avallone, de
Christian Fittipaldi, receberam da Autoglass, sua patrocinadora, uma nova tecnologia que evita o embaçamento dos vidros em dia de chuva. Com um apoio de R$ 1,5 milhão à
equipe, a empresa -que tem acordos com as principais seguradoras do país para o reparo de vidros automotivos- está de olho no relacionamento com seus clientes. "Nós levamos 500 clientes do varejo para torcer e levamos as seguradoras para o camarote", diz o diretor Marco Aurélio Rettore.
Com clientes como Itaú, Sul América e Brasil Veículos, a Autoglass cresceu 40% em 2005. O objetivo agora é estimular a
demanda pela cobertura para vidros em pacotes de seguros.
BIOCOMBUSTÍVEL
Carlos Eduardo Moreira
Ferreira (CNI) convidou
Lula para abrir o Encontro
Nacional de Biocombustível, em agosto. Lula respondeu que o convite era "covardia", pois "tem interesse
em tudo que se refere à produção de biocombustível".
FRANQUIAS
Os consultores Adir Ribeiro e Filomena Garcia (grupo
Cherto), Sérgio Barbi (O Boticário) e Juarez Leão (Portobello Shop) participam, na quinta-feira, do seminário
Franchising: Tendências e
Desafios, no auditório da
FGV, em São Paulo.
IMPULSO
As vendas de laminados
planos da Usiminas e da Cosipa cresceram 15%, em relação ao mesmo período de
2005. Com isso, a Usiminas
ampliou a participação no
mercado automotivo nacional, passando de 57% para
60,4% no período.
NOVO ROUND
A Perdigão vai entrar com
uma representação na CVM
contra o diretor de relação
com os investidores da Sadia, Luís Fernando Murat. A
Perdigão alega que Murat
deu declarações prejudiciais
à empresa durante o processo de oferta hostil da Sadia.
Muitos clientes ligaram para
perguntar se a Sadia já era
dona da Perdigão.
ELEITO
A "Euromoney" elegeu o
Goldman Sachs o melhor em
assessoria em fusões e aquisições tanto no Brasil como
na América Latina. Entre as
operações do banco, estão a
pulverização do capital da
Embraer e as reestruturações dos ativos da Vivo.
OTIMISMO
A crise que atualmente
paralisa as negociações da
Rodada Doha é prejudicial a
todos os países envolvidos e
implica desgaste político e
enfraquecimento da OMC.
Dos cenários possíveis para
o desfecho da rodada, um
absoluto impasse é o pior e
aquele que representa perda
para praticamente todos os
jogadores, de acordo com
Gesner Oliveira, da Tendências. Apesar de remota, a
possibilidade de um acordo
que elimine a maior parcela
dos subsídios, como o impasse, é um jogo com soma
negativa aos membros da
OMC. Gesner acha razoável
supor que algum acerto, ainda que protelatório, venha a
ser viabilizado nas próximas
semanas.
REPUTAÇÃO
A manutenção da imagem
e da ética são os focos do novo livro do jornalista Mário
Rosa, "A Reputação na Velocidade do Pensamento" (Geração Editorial, 372 páginas), com prefácio de Paulo
Coelho. Autor de"A Síndrome de Aquiles" e "A Era do
Escândalo", Rosa fala como
evitar arranhões na credibilidade. Para o autor, é preciso encontrar uma nova forma de pensar e de agir nas
esferas pública e privada.
"Nova tecnologia não é nova
teoria. É nova prática", diz.
O livro será lançado em 7 de
agosto, no Jockey Club (SP).
BIENVENIDOS
Cresceu 9,35% o tráfego
de passageiros da Espanha
para o Brasil no primeiro semestre, com relação ao mesmo período em 2005, segundo a Aena (que administra
os aeroportos espanhóis).
Até junho, vieram 136.884
passageiros ao Brasil.
PÃO FRESCO
Começa hoje um dos principais eventos do calendário
anual da panificação brasileira, a Fipan, que reunirá no
Expocenter Norte, em São
Paulo, 450 empresas expositoras do setor. Segundo Antero José Pereira, presidente do Sindipan, que organiza
a feira junto à Aipan (Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria), a expectativa de geração de
negócios gira em torno de
R$ 450 milhões. São esperados 45 mil visitantes em três
dias. Entre os destaques do
evento, estão o lançamento
de bolos líquidos e de máquinas enchedeiras e novidades em congelados. No
Brasil, são consumidos 33 kg
de pão per capita ao ano.
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