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VIZINHO EM CRISE
Portenho vive com apenas 1,50 peso por dia
Ricos ganham 24 vezes o que os pobres recebem em Buenos Aires
DE BUENOS AIRES
A distância que separa os rendimentos das famílias mais ricas da
Grande Buenos Aires dos rendimentos das famílias mais pobres é
de 23,8 vezes, de acordo com os
números do Instituto Nacional de
Estatísticas e Censos (Indec).
Segundo a instituição, entre os
pobres, há atualmente 1,8 milhão
de pessoas na região que vivem
com apenas 1,50 peso por dia (o
equivalente em reais) e 1,7 milhão
cuja renda diária é de 3,25 pesos.
A renda mensal do primeiro
grupo é de 46 pesos, e a do segundo, de 98 pesos. Os números fazem parte do mapa de rendimentos de 4 milhões de casas na Grande Buenos Aires, onde vivem 12,5
milhões de pessoas, a maior concentração populacional do país,
de 37 milhões de habitantes.
De acordo com o levantamento,
que corresponde aos dados do último trimestre de 2003, 20% das
famílias mais ricas ficam com
52,1% da renda da região, 40%
com 35,1% da renda e os 40%
mais pobres, com 12,8%. Segundo
a consultoria Equis, em 1974, a diferença entre a renda de famílias
pobres e ricas era de 12 vezes.
Das 12,5 milhões de pessoas que
vivem na Grande Buenos Aires,
só 6 milhões têm rendimentos fixos e recebem, em média, 653 pesos por mês. Mas há cerca de 1 milhão de portenhos que ganham
menos de 200 pesos por mês.
Segundo o cientista político Sérgio Berensztein, quatro de cada
cinco empregos criados no país
são informais.
(CLÁUDIA DIANNI)
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