São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2004

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VIZINHO EM CRISE

Portenho vive com apenas 1,50 peso por dia

Ricos ganham 24 vezes o que os pobres recebem em Buenos Aires

DE BUENOS AIRES

A distância que separa os rendimentos das famílias mais ricas da Grande Buenos Aires dos rendimentos das famílias mais pobres é de 23,8 vezes, de acordo com os números do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).
Segundo a instituição, entre os pobres, há atualmente 1,8 milhão de pessoas na região que vivem com apenas 1,50 peso por dia (o equivalente em reais) e 1,7 milhão cuja renda diária é de 3,25 pesos.
A renda mensal do primeiro grupo é de 46 pesos, e a do segundo, de 98 pesos. Os números fazem parte do mapa de rendimentos de 4 milhões de casas na Grande Buenos Aires, onde vivem 12,5 milhões de pessoas, a maior concentração populacional do país, de 37 milhões de habitantes.
De acordo com o levantamento, que corresponde aos dados do último trimestre de 2003, 20% das famílias mais ricas ficam com 52,1% da renda da região, 40% com 35,1% da renda e os 40% mais pobres, com 12,8%. Segundo a consultoria Equis, em 1974, a diferença entre a renda de famílias pobres e ricas era de 12 vezes.
Das 12,5 milhões de pessoas que vivem na Grande Buenos Aires, só 6 milhões têm rendimentos fixos e recebem, em média, 653 pesos por mês. Mas há cerca de 1 milhão de portenhos que ganham menos de 200 pesos por mês.
Segundo o cientista político Sérgio Berensztein, quatro de cada cinco empregos criados no país são informais. (CLÁUDIA DIANNI)


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