São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda fecha a R$ 2,957, e expectativa de aumento de captações pode derrubar ainda mais cotação

Dólar acumula queda de 2,67% em agosto

DA REPORTAGEM LOCAL

A expectativa de novas captações externas permitiu que o dólar recuasse mais um pouco. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,957, em baixa de 0,24%. Neste mês, o dólar registra queda de 2,67%. No ano, ainda há alta, de 1,90%
O dólar alcançou seu menor valor desde os R$ 2,955 registrados no dia 5 de maio.
Com a alta dos principais títulos da dívida brasileira, o risco-país recuou e foi a seu menor patamar desde fevereiro. O risco-país fechou aos 516 pontos, baixa de 1,34%. O Global 40 subiu 1,09%, e os C-Bonds tiveram alta de 0,32%.
O dia só não foi mais positivo no mercado porque a agência de classificação de risco Standard & Poor's não elevou o "rating" (nota) do Brasil, como era aguardado por operadores do mercado. A expectativa agora é que uma elevação da nota só aconteça mais perto do fim do ano ou em 2005.
A Bovespa fechou quase estável, com pequena alta de 0,08%.
A menor pressão sobre o valor do petróleo também colaborou para a tranqüilidade do mercado.
Com o risco-país em níveis mais baixos, cresceu a perspectiva de que empresas e bancos voltem a buscar com maior intensidade o mercado internacional para captar recursos.
No mercado de ações, os investidores aguardam o lançamento, previsto para daqui a cerca de um mês, das ações da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). A empresa também deve negociar seus papéis em Nova York.

Preocupação
Apesar do momento positivo vivido pela Bolsa, a retirada de recursos por parte dos investidores estrangeiros já preocupa alguns analistas. Os investidores estrangeiros respondem por mais de 25% dos negócios da Bolsa.
Nos primeiros 20 dias do mês, as vendas de ações com capital estrangeiro superaram as compras em R$ 535 milhões, montante maior que o registrado em todo o mês passado -saldo negativo de R$ 304,8 milhões.
O mercado deve ganhar maior movimentação amanhã, quando será conhecida a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Como aconteceu em julho, a ata poderá trazer novidades em relação ao futuro da política monetária. Em seu encontro deste mês, o Copom manteve os juros básicos da economia em 16% ao ano.


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