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MERCADO FINANCEIRO
Moeda fecha a R$ 2,957, e expectativa de aumento de captações pode derrubar ainda mais cotação
Dólar acumula queda de 2,67% em agosto
DA REPORTAGEM LOCAL
A expectativa de novas captações externas permitiu que o dólar recuasse mais um pouco. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,957, em baixa de
0,24%. Neste mês, o dólar registra
queda de 2,67%. No ano, ainda há
alta, de 1,90%
O dólar alcançou seu menor valor desde os R$ 2,955 registrados
no dia 5 de maio.
Com a alta dos principais títulos
da dívida brasileira, o risco-país
recuou e foi a seu menor patamar
desde fevereiro. O risco-país fechou aos 516 pontos, baixa de
1,34%. O Global 40 subiu 1,09%, e
os C-Bonds tiveram alta de 0,32%.
O dia só não foi mais positivo no
mercado porque a agência de
classificação de risco Standard &
Poor's não elevou o "rating" (nota) do Brasil, como era aguardado
por operadores do mercado. A
expectativa agora é que uma elevação da nota só aconteça mais
perto do fim do ano ou em 2005.
A Bovespa fechou quase estável,
com pequena alta de 0,08%.
A menor pressão sobre o valor
do petróleo também colaborou
para a tranqüilidade do mercado.
Com o risco-país em níveis mais
baixos, cresceu a perspectiva de
que empresas e bancos voltem a
buscar com maior intensidade o
mercado internacional para captar recursos.
No mercado de ações, os investidores aguardam o lançamento,
previsto para daqui a cerca de um
mês, das ações da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). A
empresa também deve negociar
seus papéis em Nova York.
Preocupação
Apesar do momento positivo
vivido pela Bolsa, a retirada de recursos por parte dos investidores
estrangeiros já preocupa alguns
analistas. Os investidores estrangeiros respondem por mais de
25% dos negócios da Bolsa.
Nos primeiros 20 dias do mês,
as vendas de ações com capital estrangeiro superaram as compras
em R$ 535 milhões, montante
maior que o registrado em todo o
mês passado -saldo negativo de
R$ 304,8 milhões.
O mercado deve ganhar maior
movimentação amanhã, quando
será conhecida a ata da última
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária).
Como aconteceu em julho, a ata
poderá trazer novidades em relação ao futuro da política monetária. Em seu encontro deste mês, o
Copom manteve os juros básicos
da economia em 16% ao ano.
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