São Paulo, sábado, 25 de agosto de 2007

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País "convida" o mercado a prever inflação maior, diz Phelps

Sebastião Moreira/EFE
Edmund Phelps, Prêmio Nobel de Economia, em evento no país


DA SUCURSAL DO RIO

Prêmio Nobel de Economia em 2006, o economista Edmundo Phelps disse que o Brasil "convida" os agentes econômicos a aumentarem as expectativas de inflação ao fixar uma meta acima das projeções futuras do mercado.
O economista foi indagado sobre o fato de o centro da meta do governo (de 4,5%, com intervalo de dois pontos) estar acima das expectativas de mercado (na casa de 4%). Ainda falando sobre o assunto, Phelps completou: "Mas vocês têm de perguntar isso ao governo."
Em palestra no seminário anual do Banco Central sobre metas de inflação, no Rio, Phelps disse que o foco mais importante de atuação dos BCs deve ser combater as expectativas futuras de inflação -que podem realimentar as taxas no presente.
Ele defendeu que os bancos centrais "joguem fora o livro das regras" e modelos extremamente rígidos de políticas monetárias e adotem também "o seu julgamento próprio" ao fixar as taxas de juros, já que eles não captam imediatamente "inovações, mudanças estruturais e crises" da economia.
Sobre a crise, o economista disse que os bancos centrais da Europa e dos EUA fizeram o principal: ofereceram liquidez ao sistema financeiro. Somente o Fed injetou US$ 120 milhões em instituições financeiras desde o começo da crise.
Phelps afirmou ainda que a turbulência pode ser resolvida sem a necessidade de redução dos juros nos EUA.

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