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País "convida" o mercado a prever inflação maior, diz Phelps
Sebastião Moreira/EFE
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Edmund Phelps, Prêmio Nobel de Economia, em evento no país |
DA SUCURSAL DO RIO
Prêmio Nobel de Economia
em 2006, o economista Edmundo Phelps disse que o Brasil "convida" os agentes econômicos a aumentarem as expectativas de inflação ao fixar uma
meta acima das projeções futuras do mercado.
O economista foi indagado
sobre o fato de o centro da meta
do governo (de 4,5%, com intervalo de dois pontos) estar
acima das expectativas de mercado (na casa de 4%). Ainda falando sobre o assunto, Phelps
completou: "Mas vocês têm de
perguntar isso ao governo."
Em palestra no seminário
anual do Banco Central sobre
metas de inflação, no Rio,
Phelps disse que o foco mais
importante de atuação dos BCs
deve ser combater as expectativas futuras de inflação -que
podem realimentar as taxas no
presente.
Ele defendeu que os bancos
centrais "joguem fora o livro
das regras" e modelos extremamente rígidos de políticas monetárias e adotem também "o
seu julgamento próprio" ao fixar as taxas de juros, já que eles
não captam imediatamente
"inovações, mudanças estruturais e crises" da economia.
Sobre a crise, o economista
disse que os bancos centrais da
Europa e dos EUA fizeram o
principal: ofereceram liquidez
ao sistema financeiro. Somente
o Fed injetou US$ 120 milhões
em instituições financeiras
desde o começo da crise.
Phelps afirmou ainda que a
turbulência pode ser resolvida
sem a necessidade de redução
dos juros nos EUA.
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