São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009

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Clientes deverão ter benefícios equiparados

DA REPORTAGEM LOCAL

Por enquanto, nada muda para os clientes com a associação entre o Itaú Unibanco e a Porto Seguro nos segmentos de automóveis e de residência, segundo os executivos de ambas as empresas. Cada uma das marcas -Porto Seguro, Azul, Itaú Seguros e Unibanco Seguros- seguirá funcionando separadamente, assim como as respectivas áreas comerciais e de atendimento ao cliente.
Com a associação, as carteiras de automóveis e de residência do Itaú Unibanco vão para a Porto Seguro. Ambos os grupos ainda não calcularam o potencial de sinergia que deverão ganhar com a parceria.
Segundo Zeca Rudge, vice-presidente-executivo do Itaú Unibanco para seguros, ambos os grupos pretendem equiparar os benefícios oferecidos aos segurados ainda antes que a associação seja aprovada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e pelos órgãos de defesa da concorrência.
Rudge afirmou que isso deve incluir eventuais bônus de renovação de apólices e até os descontos que os segurados da Porto Seguro têm em estacionamentos como os da rede Estapar, que deverão valer também para os segurados do Itaú Unibanco. "Vamos equiparar todos esses benefícios", disse.
"O que faz sentido em um negócio como esse é oferecer uma qualidade de serviço ainda melhor [ao segurado]", disse Jayme Garfunkel, presidente do conselho da Porto Seguro.
Na avaliação de Alfredo Setubal, vice-presidente de finanças do Itaú Unibanco, a expectativa é que o negócio seja aprovado pelos órgãos competentes até o início de 2010. Juntos, Porto Seguro e Itaú Unibanco terão segurados 3,4 milhões de veículos e 1,235 milhão de residências. A nova empresa terá uma participação de mercado que poderá passar de 30% dos prêmios de seguro de veículos.
Para analistas, a concentração reduz a concorrência, mas permite a criação de empresas sólidas, com potencial de ganhar escala e reduzir custos.
Em 2008, as seguradoras tentaram ganhar mercado com a redução nos preços das apólices. Após a crise, o setor e o segmento de veículos em particular procuraram recuperar margens de ganhos perdidas. Segundo estimativa do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores), as apólices estão entre 8% e 12% mais caras em relação a 2008.
(TONI SCIARRETTA)


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