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Clientes deverão ter benefícios equiparados
DA REPORTAGEM LOCAL
Por enquanto, nada muda
para os clientes com a associação entre o Itaú Unibanco e a
Porto Seguro nos segmentos de
automóveis e de residência, segundo os executivos de ambas
as empresas. Cada uma das
marcas -Porto Seguro, Azul,
Itaú Seguros e Unibanco Seguros- seguirá funcionando separadamente, assim como as
respectivas áreas comerciais e
de atendimento ao cliente.
Com a associação, as carteiras de automóveis e de residência do Itaú Unibanco vão para a
Porto Seguro. Ambos os grupos
ainda não calcularam o potencial de sinergia que deverão ganhar com a parceria.
Segundo Zeca Rudge, vice-presidente-executivo do Itaú
Unibanco para seguros, ambos
os grupos pretendem equiparar
os benefícios oferecidos aos segurados ainda antes que a associação seja aprovada pela Susep
(Superintendência de Seguros
Privados) e pelos órgãos de defesa da concorrência.
Rudge afirmou que isso deve
incluir eventuais bônus de renovação de apólices e até os
descontos que os segurados da
Porto Seguro têm em estacionamentos como os da rede Estapar, que deverão valer também para os segurados do Itaú
Unibanco. "Vamos equiparar
todos esses benefícios", disse.
"O que faz sentido em um negócio como esse é oferecer uma
qualidade de serviço ainda melhor [ao segurado]", disse Jayme Garfunkel, presidente do
conselho da Porto Seguro.
Na avaliação de Alfredo Setubal, vice-presidente de finanças
do Itaú Unibanco, a expectativa
é que o negócio seja aprovado
pelos órgãos competentes até o
início de 2010. Juntos, Porto
Seguro e Itaú Unibanco terão
segurados 3,4 milhões de veículos e 1,235 milhão de residências. A nova empresa terá uma
participação de mercado que
poderá passar de 30% dos prêmios de seguro de veículos.
Para analistas, a concentração reduz a concorrência, mas
permite a criação de empresas
sólidas, com potencial de ganhar escala e reduzir custos.
Em 2008, as seguradoras
tentaram ganhar mercado com
a redução nos preços das apólices. Após a crise, o setor e o segmento de veículos em particular procuraram recuperar margens de ganhos perdidas. Segundo estimativa do Sincor-SP
(Sindicato dos Corretores), as
apólices estão entre 8% e 12%
mais caras em relação a 2008.
(TONI SCIARRETTA)
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