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TRABALHO
Após dois meses de queda, taxa passa para 18,3% , dizem Seade e Dieese
Desemprego volta a crescer em SP
JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de três meses consecutivos em queda, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo voltou a registrar alta no mês passado.
De acordo com pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, o nível de desemprego passou de 18,1% da população economicamente ativa (PEA) em julho para
18,3% em agosto.
A explicação para a variação positiva no desemprego, ainda que
pequena, é que o saldo de postos
criados não foi suficiente para cobrir o contingente de pessoas que
entrou no mercado de trabalho.
No mês passado foram gerados
12 mil postos e 38 mil pessoas passaram a fazer parte da "força de
trabalho", o que resultou em 26
mil desempregados a mais.
Segundo a pesquisa, há na área
metropolitana de São Paulo 1,736
milhão de desempregados numa
população economicamente ativa
de 9,485 milhões de pessoas.
A indústria despontou como o
maior responsável pela menor
oferta de postos de trabalho. Em
agosto, foram eliminados 28 mil
postos no setor industrial. Esse setor foi o que criou mais vagas em
julho: das 98 mil ofertadas no
mês, 43 mil saíram da indústria.
A queda no nível de emprego da
indústria e dos serviços foi compensada, em parte, pela criação de
25 mil postos no comércio e de 24
mil em outros setores (por exemplo, a construção civil).
""Não teria como o mercado de
trabalho ir bem quando todo o
resto vai mal", disse Sérgio Mendonça, coordenador-técnico do
Dieese. As perspectivas para os
próximos meses tampouco são
alentadoras. ""Pode até ser que [o
desemprego" fique estabilizado.
Mas desemprego estabilizado no
segundo semestre é ruim porque
sazonalmente é um período de
maior geração de empregos."
Salários
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados na região metropolitana também apresentou queda, após manter-se estável por dois meses seguidos.
Segundo a Seade/Dieese, em julho o rendimento médio dos trabalhadores ocupados caiu 2,9% e passou a representar o equivalente a R$ 831 por mês.
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