São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2004

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Furacão leva preço do petróleo à maior cotação da história em NY

DA REDAÇÃO

Os danos causados pela passagem do furacão Ivan pelo golfo do México, nos últimos dias, continuam a influenciar o mercado. Ontem o barril do petróleo fechou no maior valor dos 21 anos em que é negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, cotado a US$ 48,88, com alta de 0,87%.
Em Londres, o barril do tipo Brent ganhou 20 centavos de dólar (0,44%), para US$ 45,33.
Um órgão dos EUA divulgou ontem que a produção no golfo do México permanece 27% abaixo do nível normal, que é de 1,2 milhão de barris por dia. Ainda de acordo com a agência, cerca de 10 milhões de barris já deixaram de ser produzidos desde que as petrolíferas começaram a evacuar as plataformas devido ao furacão. A perda já equivale a 1,7% da produção anual na região.
A despeito dos prejuízos, analistas dizem que a produção deve retornar aos patamares usuais a curto prazo. Eles citam outras questões para a alta do petróleo, que subiu 73% em relação há um ano, como a ameaça a instalações no Iraque, a crise da petrolífera russa Yukos e a maior demanda mundial pela commodity.
Ontem, o Departamento de Energia americano confirmou que duas companhias receberão empréstimos das estratégicas reservas de petróleo do país. O 1,7 milhão de barris que será disponibilizado, no entanto, foi encarado por operadores como uma quantidade pequena em relação às necessidades das petrolíferas prejudicadas pelo furacão Ivan.
O recorde anterior de fechamento havia sido registrado em 19 de agosto (US$ 48,70), ocasião em que ocorrera o agravamento da tensão no Iraque. O maior valor "intraday" (que considera a variação durante o pregão) é de 20 de agosto, com US$ 49,40.


Com agências internacionais

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