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Grande aplicador
poderá sofisticar
os investimentos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os investidores dos private
banking -pessoas com mais
de R$ 500 mil em aplicações-
procuraram seus consultores
financeiros nas últimas semanas para buscar informações
sobre a criação das contas-investimento e preparar suas estratégias para o ano que vem,
quando passará a vigorar a nova tabela de Imposto de Renda
para o mercado financeiro.
Augusto Videira, diretor de
fundos privados do Santander
Banespa, vê um processo cauteloso de adaptação no mercado. "Até entender como tudo
vai funcionar na prática, ninguém vai fazer grandes mudanças", observa. Uma das novidades, segundo ele, é que o
cliente vai reconquistar o livre-arbítrio para investir onde quiser, e até as empresas poderão
voltar a ter mesa de operações
dentro de seus negócios.
"Até agora, o cliente delegava
ao banco o tipo de carteira que
queria. Com o poder de alocação voltando para ele, o cliente
vai receber informações do sistema de análises do banco e decidir que ativos vai preferir."
A longo prazo, diz ele, deverá
diminuir a diferença de oportunidades entre investidores,
que, com exceção dos fundos
exclusivos, passarão a ter acesso mais amplo a alternativas
sofisticadas e mais vantajosas.
Outros gestores de private
banking, como o Votorantim
Asset Management, o Unibanco e o Itaú, também procuraram oferecer tranqüilidade aos
clientes, dando seminários e
enviando análises e simulações
com base nas novas regras.
Os executivos, de modo geral,
entendem que entre os grandes
investidores não deverá haver
mudança significativa de comportamento. Alguns dizem que
suas instituições se preparam
para lançar opções de mais longo prazo para aproveitar as
menores alíquotas de Imposto
de Renda. A maioria, porém,
ainda espera que as autoridades monetárias façam alterações nas condições para utilizar
as vantagens tributárias.
(LMC)
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