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Eleitores brasileiros crêem em retorno da inflação e economia pior, diz Datafolha
DA REDAÇÃO
Eleitores de cinco das principais capitais brasileiras -São
Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre- estão
pessimistas com relação à inflação. Para 55%, ela voltará a
crescer, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha nos
dias 21 e 22 de outubro.
Após mais de um mês de estragos globais de uma crise tida
como a pior desde a de 1929
-recordes de baixa nas Bolsas,
instituições indo à breca, dólar
em alta, intervenções do Banco
Central e incertezas sobre a
real conseqüência da turbulência para o país-, a desconfiança
em relação à economia atingiu
o eleitorado brasileiro.
Foram entrevistados, ao todo, 6.245 eleitores com 16 anos
ou mais. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Para 30% dos entrevistados,
a situação econômica do país
vai piorar, e 26% crêem em melhora. O pessimismo, porém, é
barrado ante perspectivas pessoais. Sobre a sua própria situação econômica, 45% dizem que
vai melhorar, e só 14% acham
que terão uma vida financeira
pior daqui para a frente.
Os eleitores de Porto Alegre
são os mais pessimistas em ambas as situações: 36% acreditam numa melhoria pessoal,
19% acham que a situação pessoal vai piorar e 21% acreditam
na melhora do país. Os habitantes da capital gaúcha também
não têm boa expectativa sobre
inflação, desemprego e poder
de compra: 63% acreditam que
haverá alta da inflação, e enquanto, na média, 46% dos eleitores brasileiros vêem mais desemprego, ali o índice é de 53%.
Quando a questão é o aumento do poder de compra, apenas
19% dos porto-alegrenses levam em conta essa possibilidade, contra 25% na média.
Os eleitores de Salvador, por
sua vez, encontram-se em outro extremo: para 37%, o poder
de compra vai aumentar. São os
soteropolitanos também os
mais otimistas com relação à
sua própria situação econômica e à do país. Para 35%, a situação do país vai melhorar, e,
quanto ao próprio bolso, o índice de otimismo atinge 58%.
São Paulo e Rio
Em São Paulo e no Rio, o pessimismo aumentou diante de
dados de novembro do ano passado. Para 53% dos eleitores
paulistanos, a inflação vai subir
-em novembro de 2007, 46%
tinham a mesma opinião. Entre
os cariocas, a expectativa de alta foi de 45% para 56%.
A perspectiva mais negativa
está concentrada entre os paulistanos mais escolarizados e
simpatizantes do PSDB (60%)
e entre os cariocas com renda
familiar de cinco a dez salários
mínimos (61%), simpatizantes
do PDT (63%) e do PV (67%).
Comparando-se as intenções
de voto, os eleitores de Gilberto
Kassab (DEM), em São Paulo, e
de Fernando Gabeira (PV), no
Rio, são mais pessimistas. Entre os que apóiam Kassab, 48%
acham que o desemprego vai
aumentar -o percentual é de
40% entre eleitores de Marta
Suplicy (PT). Entre eleitores de
Gabeira, 43% acham que o poder de compra cairá -o índice é
de 31% entre os que apóiam
Eduardo Paes (PMDB).
Mas a maior taxa de pessimismo fica mesmo entre eleitores que declaram voto nulo
ou em branco. Para 65% desses
eleitores em São Paulo, o desemprego vai crescer, contra
53% da média na capital. Além
disso 56% acreditam num aumento do desemprego, enquanto a média fica em 45%.
No Rio, 66% dos eleitores
que declaram voto em branco
ou nulo prevêem alta da inflação -a média é de 56%-, e 58%
acham que o desemprego vai
aumentar-são 46% na média.
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