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Indicadores ruins fazem Bolsas asiáticas voltarem a despencar
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
As Bolsas asiáticas voltaram
a despencar ontem diante de
estimativas que calculam o início de forte recessão global.
O índice Nikkei, em Tóquio,
caiu 9,6%, a 7.649 pontos, o menor número desde maio de
2003. Ações da Sony caíram
14% após divulgação de que os
lucros da empresa devem cair
59% em março de 2009 em relação ao ano fiscal anterior.
Outros exportadores, como
Toyota e Panasonic, também
tiveram fortes perdas. O dólar
ficou abaixo de 95 ienes, menor
cotação em 13 anos. Um iene
muito valorizado reduz a competitividade dos exportadores.
"Investidores continuam a
vender dólares por conta da
preocupação sobre a desaceleração americana", disse Ikkou
Takahashi, do banco Mizuho, à
agência Associated Press.
As Bolsas chinesas de Hong
Kong e Xangai também caíram,
6,6% e 1,9%, respectivamente.
Ações das empresas chinesas
em Xangai tiveram recorde negativo em dois anos, puxadas
por empresas do ramo imobiliário e de construção civil.
Apesar de medidas do governo
para o mercado imobiliário, a
maior empresa chinesa do setor, Vanke, perdeu 5,2%, e o
Poly Group caiu 5,4%. Ações de
empresas ferroviárias estão entre as poucas que tiveram ganhos, por conta de prováveis
investimentos do governo.
A Bolsa de Seul também foi
atingida pela fuga de investidores estrangeiros e dados que
mostram a desaceleração da
economia sul-coreana. O terceiro trimestre teve aumento
do PIB de 3,9%, menor taxa em
três anos. A queda do índice
Kospi foi de 10,6%. Ao longo da
semana, o índice perdeu 20,5%,
maior queda desde o início do
registro de suas marcas, em
1987. Mercados na Indonésia e
na Tailândia também tiveram
quedas acentuadas.
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