São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2008

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Espanhóis fazem lobby para não perder cúpula

DO ENVIADO ESPECIAL A MADRI

O presidente do governo espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero, empenhado em conseguir que seu país seja convidado para a cúpula de Washington, nos Estados Unidos, marcada para os dias 14 e 15, antecipou ontem em Pequim pontos que defenderia se acabar sendo chamado.
Zapatero quer que o Fundo Monetário Internacional tenha um novo mandato e defina "novos mecanismos de supervisão dos mercados".
A idéia foi apresentada em discurso no jantar que abriu a cúpula União Européia/Ásia.
O governante espanhol só foi a Pequim para fazer lobby junto aos chineses, principalmente, para que a Espanha seja convidada.
O convite do presidente George Walker Bush incluiu, até agora, apenas os países do G8 (os mais ricos do mundo e a Rússia) e os do G20, um grupo criado em 1999 para estudar respostas à turbulência da época, pós-crise asiática.
Até o rei da Espanha, Juan Carlos, envolveu-se na operação, segundo a mídia local, tendo pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interceda para que os espanhóis compareçam a Washington. O Brasil é o presidente de turno do G20.
Na sua campanha para não ficar marginalizado, Zapatero irá a mais duas cúpulas em breve: primeiro à Iberoamericana de El Salvador, na qual se encontrará, além de Lula, com os presidentes do México e da Argentina, que também participam do G20.
Depois, estará na cúpula preparatória que os europeus fazem no dia 7 em Bruxelas.
Zapatero já obteve respaldo da França e do Reino Unido, mas pesa contra ele o fato de ter retirado as tropas espanholas do Iraque tão logo tomou posse em 2004, cumprindo promessa de campanha, mas desagradando ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
(CLÓVIS ROSSI)



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