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Espanhóis fazem lobby para não perder cúpula
DO ENVIADO ESPECIAL A MADRI
O presidente do governo espanhol, José Luiz Rodríguez
Zapatero, empenhado em conseguir que seu país seja convidado para a cúpula de Washington, nos Estados Unidos,
marcada para os dias 14 e 15,
antecipou ontem em Pequim
pontos que defenderia se acabar sendo chamado.
Zapatero quer que o Fundo
Monetário Internacional tenha
um novo mandato e defina "novos mecanismos de supervisão
dos mercados".
A idéia foi apresentada em
discurso no jantar que abriu a
cúpula União Européia/Ásia.
O governante espanhol só foi
a Pequim para fazer lobby junto aos chineses, principalmente, para que a Espanha seja convidada.
O convite do presidente
George Walker Bush incluiu,
até agora, apenas os países do
G8 (os mais ricos do mundo e a
Rússia) e os do G20, um grupo
criado em 1999 para estudar
respostas à turbulência da época, pós-crise asiática.
Até o rei da Espanha, Juan
Carlos, envolveu-se na operação, segundo a mídia local, tendo pedido ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que interceda para que os espanhóis
compareçam a Washington. O
Brasil é o presidente de turno
do G20.
Na sua campanha para não ficar marginalizado, Zapatero irá
a mais duas cúpulas em breve:
primeiro à Iberoamericana de
El Salvador, na qual se encontrará, além de Lula, com os presidentes do México e da Argentina, que também participam
do G20.
Depois, estará na cúpula preparatória que os europeus fazem no dia 7 em Bruxelas.
Zapatero já obteve respaldo
da França e do Reino Unido,
mas pesa contra ele o fato de ter
retirado as tropas espanholas
do Iraque tão logo tomou posse
em 2004, cumprindo promessa
de campanha, mas desagradando ao presidente dos Estados
Unidos, George W. Bush.
(CLÓVIS ROSSI)
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