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São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

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COMBUSTÍVEIS

Ação conjunta de cinco órgãos constata adulteração e sonegação

Força-tarefa autua dez postos em SP

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma força-tarefa montada pelo Procon-SP, Ipem-SP, Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Ministério Público Estadual e Polícia Civil autuou ontem dez postos de gasolina na Grande São Paulo por sonegação fiscal e/ou crime contra o consumidor.
Pela primeira vez, os cinco órgãos se uniram para uma ação conjunta, que resultou na prisão de 19 pessoas. Nos dez postos visitados, bombas de combustíveis foram lacradas, informa Gustavo Marrone, diretor-executivo do Procon-SP. Os estabelecimentos têm até 15 dias para se defender.
"Ficamos abismados com o resultado da blitz. De dez postos, nove trabalhavam com combustível adulterado", diz Marrone. Segundo ele, os responsáveis pelos crimes poderão pagar fiança ou cumprir até sete anos de prisão. Segundo ele, outras blitze como a de ontem deverão ser realizadas ainda neste ano em São Paulo.
As fraudes mais comuns são adulteração de combustível, diferença de medida (a bomba indica volume maior do que o colocado no tanque do veículo) e falta de esclarecimentos sobre a origem e os preços dos produtos.
Ontem, foram feitas autuações e apreensões de notas fiscais. O valor da multa, informa Marrone, dependerá das notas e só será determinado após a apresentação da defesa dos postos. O consumidor, diz, também pode ajudar no combate à sonegação e à adulteração. "Não deve abastecer nos postos que não apresentam certificado de origem do produto."
Um dos postos que tiveram as bombas lacradas ontem foi o Aclimação Serviços Automotivos, no bairro da Liberdade.
O estabelecimento tinha quatro bombas irregulares, ausência de informações sobre preços de produtos e serviços, excesso de álcool na gasolina e falta de lacre nos reservatórios. Procurado pela Folha, o responsável pelo posto não foi localizado.
A Secretaria da Fazenda informa que centenas de documentos foram apreendidos. "Vamos agora analisar as notas para lavrar os autos de infração", afirma Eribelto Rangel, diretor-adjunto da Secretaria da Fazenda. A força-tarefa também abriu inquérito policial no 27º Distrito (Campo Belo).
José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato que reúne os postos paulistas), elogiou a ação dos cinco órgãos.


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