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São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

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CHANCELA

Secretário para Assuntos Internacionais diz que governo conquistou confiança; americanos querem liberalização bancária

Tesouro dos EUA elogia disciplina de Lula

DA REDAÇÃO

O secretário-assistente do Tesouro dos EUA para Assuntos Internacionais, Randal Quarles, afirmou ontem que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, cumpriu suas promessas de conter os gastos públicos e a inflação, restaurar a confiança do mercado financeiro e promover as reformas fiscal e tributária.
Para Quarles, isso permitirá a volta de um crescimento econômico vigoroso em breve, o que permitirá ao governo Lula cumprir suas promessas de redução da pobreza.
"A administração Lula tem mostrado que responsabilidade fiscal não é apenas coerente com a responsabilidade social, mas uma parte integral dela", declarou Quarles.
Os comentários ocorreram durante a reunião anual da Federação dos Bancos Latino-Americanos, em Miami (EUA).
O secretário-assistente do Tesouro também disse que o Brasil e outros países do continente que estão mantendo políticas de mercado aberto têm chances melhores de se recuperar das dificuldades que a região enfrentou nos últimos anos.
Para Quarles, o Brasil dá um dos melhores exemplos de como a implementação de reformas estruturais e a responsabilidade fiscal podem contribuir para a recuperação da economia. Citou ainda os progressos no Uruguai.

Mau exemplo
Quarles afirmou ainda que o oposto do Brasil é a Venezuela, onde os distúrbios relacionados às políticas do presidente Hugo Chávez assustaram os investidores estrangeiros.
Sobre a Argentina, Quarles disse que "o sucesso do programa do FMI [Fundo Monetário Internacional" dependerá da eficácia dos esforços do governo argentino para implementá-lo".
O secretário afirmou que a Argentina deveria "manter um diálogo positivo com seus credores".

Liberalização bancária
Falando sobre o setor bancário, Quarles disse que o governo Bush defende que os países da América Latina abram seus mercados de serviços financeiros nas negociações para a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
"Nosso objetivo é dar aos bancos o direito de estabelecer uma presença comercial em qualquer dos países-membros e de ter suas operações tratadas da mesma forma que qualquer instituição local", acrescentou.


Com agências internacionais


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