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MERCADO FINANCEIRO
Papéis do setor subiram com força; alta de 2,3% levou Bolsa a novo recorde, aos 19.690 pontos
Ações de elétricas dão fôlego à Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
abriu a semana com forte alta de
2,30% e alcançou mais uma pontuação recorde. Ontem a Bolsa fechou aos 19.690 pontos. No ano, a
alta da Bovespa é de 74,7%.
Quem investiu R$ 5.000,00 no
último dia do ano passado em
uma carteira formada por ações
iguais às do Ibovespa tem hoje R$
8.735,00.
Atentos ao novo modelo para o
setor elétrico, os investidores têm
procurado as ações de geradoras e
distribuidoras de energia. Ontem
os papéis do setor voltaram a subir com força. Os cinco maiores
ganhos do dia ficaram com as elétricas, o que fez o IEE (índice do
setor) disparar 6,4% ontem.
As ações com direito a voto
(ON) da Light foram as que mais
subiram (11,8%) no pregão de ontem. Em seguida vieram as ações
preferenciais da Cesp, com alta de
8,6%.
O mercado de ações também
recebeu novo ânimo com a expectativa de que a agência de classificação de risco Standard &
Poor's aumentará em breve a nota atribuída ao Brasil.
O corte de 1,5 ponto percentual
na taxa básica de juros, para
17,5% ao ano, na semana passada,
deu mais ânimo a um mercado
acionário que vinha forte há meses.
Quando os juros recuam, como
têm acontecido nos últimos meses, as aplicações que os acompanham -como os fundos DI-
perdem rentabilidade. Com isso,
a tendência é que, mesmo com
riscos maiores, seja mais interessante para o investidor procurar o
mercado de ações.
Apenas os papéis preferenciais
da Net sofreram perdas significativas no pregão de ontem. A ação
preferencial da empresa caiu
5,9%. Esse papel historicamente
oscila muito, com os investidores
sempre especulando com o futuro das dívidas da empresa.
Otimismo
Os C-Bonds também deram sequência à boa fase pela qual passam. Os títulos da dívida externa
brasileira alcançaram mais uma
vez um valor recorde. Ontem subiram 0,26% para encerrar as
operações a US$ 0,9638.
O dólar teve um dia apático,
bem diferente da euforia que tem
tomado conta da Bolsa, e fechou
praticamente estável diante do
real. A moeda norte-americana
foi vendida a R$ 2,921 no fim das
operações.
(FABRICIO VIEIRA)
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