São Paulo, quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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Aluguéis para o Réveillon na praia encarecem até 131%

Maior alta se deu entre apartamentos de dois dormitórios no litoral norte de SP

Pesquisa do Creci-SP em 12 cidades paulistas mostra ainda que, no litoral centro, os aluguéis de casas de três dormitórios caíram 21%

TATIANA RESENDE
DA FOLHA ONLINE

Quem estiver planejando alugar um imóvel para passar o Réveillon no litoral paulista deve se preparar para se deparar com preços bem mais altos do que no ano passado, quando a crise econômica tinha acabado de atingir seu auge, segundo dados obtidos pela Folha Online.
O valor do aluguel de apartamentos e casas para o período entre a última semana deste ano e a primeira de 2010 teve aumento de até 131%, mostra pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado) com 41 imobiliárias em 12 cidades.
O maior acréscimo foi encontrado nos apartamentos de dois dormitórios no litoral norte, que engloba as cidades de Caraguatatuba, Ilhabela, Ubatuba e São Sebastião. O aluguel diário, nesse caso, passou de R$ 176,67 para R$ 408,33. A locação de casas com dois, três e quatro quartos nessa região mais do que dobrou de valor.
No outro extremo, o aluguel de casas de três quartos no litoral centro, que inclui Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga, ficou 21% mais barato, passando de R$ 960 para R$ 758.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, ressalta que esses são valores médios calculados com base no valor informado pelos proprietários nas imobiliárias. "Quem alugar antes e por um período maior tem chance de conseguir desconto, mas quem deixar para a última hora corre o risco de pagar até mais caro", prevê.
A pesquisa mostrou que houve uma redução nas diferenças de valores entre os extremos do litoral, levando imóveis de padrão semelhante em Praia Grande e em Ubatuba a valores mais próximos, como é o caso de apartamentos de quatro dormitórios no sul (R$ 475) e no norte (R$ 500).
Hilton Pecorari, diretor de locação residencial do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, aconselha os locadores a fazer uma lista com os bens deixados e prever no contrato penalidades em caso de danos à moradia. Outra dica é determinar quantas pessoas podem usar o imóvel, para evitar superlotação e consumo excessivo de água e energia.
Para o locatário, ele sugere conhecer a casa ou o apartamento com antecedência, se possível, para evitar surpresas.
Apesar do mercado imobiliário estar aquecido, o aumento registrado no litoral ficou bem acima da variação verificada na capital paulista. Segundo pesquisa do Secovi-SP referente a outubro, a locação residencial teve aumento de 8,8% nos últimos 12 meses.
Inquilinos que permaneceram no mesmo imóvel e têm o contrato de aluguel indexado ao IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) com vencimento em julho, agosto, setembro e outubro não tiveram alteração no valor pago. O indicador apresentou deflação no período. Segundo o Secovi-SP, o índice é usado em mais de 90% dos contratos em São Paulo.


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