São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 2000

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OUTRO LADO

Banco admite que cometeu deslize jurídico

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco do Brasil admite que cometeu um "deslize" jurídico ao indicar, sem prévia autorização do seu próprio conselho de administração, seus sete diretores para cargos nos conselhos de administração das empresas em que a Previ participa.
A assessoria do BB afirma, no entanto, que a irregularidade foi superada a partir da aprovação das nomeações pelo conselho de administração, que ocorreu em 6 de novembro.
"Como é da alçada do conselho nomear e destituir os diretores, o problema está resolvida porque o conselho ratificou a decisão", diz João Otávio de Noronha, chefe da área jurídica do BB. "O conselho entendeu que foi apenas uma formalidade descumprida."
O Banco do Brasil também defendeu a prática de indicar seus diretores para conselhos de empresas privadas.
"Como patrocinador da Previ, é legítimo que o BB indique seus diretores para participar de empresas nas quais a fundação participa", disse a assessoria do BB.
A assessoria do BB disse também que a instituição recorreu à Casa Civil para julgar se as participações dos seus diretores nas empresas da Previ feririam os termos do Código de Ética do funcionalismo. "A Casa Civil deu sinal verde", disse.
A inquisição a respeito do complemento salarial para funcionários do BB não é nova. Em junho, o deputado federal Ricardo Berzoni (PT-SP), ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, havia pedido explicações ao Banco do Brasil sobre a remuneração acumulada de seus diretores.
O Banco do Brasil pertence ao governo federal. Por isso, o salário dos empregados está atrelado à regra do funcionalismo público.


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