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OUTRO LADO
Banco admite que cometeu deslize jurídico
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco do Brasil admite
que cometeu um "deslize" jurídico ao indicar, sem prévia autorização do seu próprio conselho de administração, seus
sete diretores para cargos nos
conselhos de administração
das empresas em que a Previ
participa.
A assessoria do BB afirma, no
entanto, que a irregularidade
foi superada a partir da aprovação das nomeações pelo conselho de administração, que
ocorreu em 6 de novembro.
"Como é da alçada do conselho nomear e destituir os diretores, o problema está resolvida porque o conselho ratificou
a decisão", diz João Otávio de
Noronha, chefe da área jurídica
do BB. "O conselho entendeu
que foi apenas uma formalidade descumprida."
O Banco do Brasil também
defendeu a prática de indicar
seus diretores para conselhos
de empresas privadas.
"Como patrocinador da Previ, é legítimo que o BB indique
seus diretores para participar
de empresas nas quais a fundação participa", disse a assessoria do BB.
A assessoria do BB disse também que a instituição recorreu
à Casa Civil para julgar se as
participações dos seus diretores nas empresas da Previ feririam os termos do Código de
Ética do funcionalismo. "A Casa Civil deu sinal verde", disse.
A inquisição a respeito do
complemento salarial para
funcionários do BB não é nova.
Em junho, o deputado federal
Ricardo Berzoni (PT-SP), ex-presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, havia
pedido explicações ao Banco
do Brasil sobre a remuneração
acumulada de seus diretores.
O Banco do Brasil pertence
ao governo federal. Por isso, o
salário dos empregados está
atrelado à regra do funcionalismo público.
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