|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
Melhora no emprego não atinge renda
Nos três anos do governo Lula, o emprego aumentou,
mas o rendimento do trabalhador e a qualidade do
emprego deixaram muito a desejar. A conclusão consta de estudo
recém-concluído pelo Iedi com
base em pesquisa do IBGE para
analisar o desempenho do emprego de 2002 a 2005.
Nesses três anos, o emprego
cresceu 11,7% nos grandes centros urbanos do país, o que significa uma expansão média de
3,8% ao ano, um desempenho
bastante positivo. Foram criados,
no período, 2,1 milhões de empregos novos, ou quase 700 mil
por ano, o que é bem razoável, na
opinião do Iedi.
A "pedra no sapato" é o rendimento do trabalhador nos grandes centros. No período, o rendimento médio real caiu 11,2%,
uma queda anual média de 3,7%,
uma taxa equivalente ao crescimento do emprego.
O economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, do Iedi, diz que
grande parte dessa queda está
concentrada em 2003, ano marcado por uma conjuntura econômica muito difícil. O rendimento
médio caiu 12,1% em 2003. Mas,
mesmo assim, em 2004 o rendimento caiu 1,2%. Só em 2005 a
variação foi positiva, de 1,7%, segundo estimativas do Iedi.
De acordo com ele, o rendimento médio da população não
melhorou porque o emprego
cresceu principalmente nos setores que pagam menores salários.
De 2002 a 2005, enquanto o emprego na indústria, que oferece
melhores salários, cresceu 12,6%,
em serviços domésticos, o crescimento foi de 18,7%. O detalhe é
que o rendimento médio da indústria equivale a três vezes mais.
Outra conclusão do estudo é a
predominância do trabalho informal. O número de pessoas
empregadas com carteira cresceu 10,5% de 2003 a 2005. Já a
evolução dos sem-carteira foi de
19%, e a dos que trabalham por
"conta própria", de 11,7%. O curioso é que o rendimento dos trabalhadores sem carteira corresponde a 69% dos com carteira, e
os do "conta própria", a 81%.
"Faltam renda e qualidade do
emprego no Brasil", afirma.
NOVA FRONTEIRA
De olho nos brasileiros que moram ou visitam os EUA, o HSBC
do Brasil, em parceria com a unidade americana, irá abrir uma
agência Premier em Miami, voltada a clientes de alta renda. Para
comandar essa unidade de negócios, a brasileira Regina Motta
foi nomeada CEO do America Premier Centre. A agência será
responsável também pelo atendimento a mexicanos e argentinos. "Se a iniciativa der certo, a intenção é ampliar o atendimento
especial a chilenos, peruanos e em outras cidades, como Nova
York." Na agência, haverá atendentes que falam inglês, espanhol
e português. Os serviços mais procurados são investimentos nos
EUA e cartões de crédito e débito -estes, por turistas.
AUMENTO GERAL
O Pão de Açúcar superou todas
as suas previsões nas vendas de
produtos típicos de Natal. O
crescimento do bacalhau foi de
50%. O resultado da seção de bebidas (vinhos, espumantes e destilados) também ultrapassou o
previsto, com alta de 35%. As
vendas de cestas foram mais que
o dobro que em igual período de
2004. Panetones e frutas secas tiveram aumento de dois dígitos.
CESTA RECORDE
A Klabin atingiu seu recorde
de produção de embalagens de
papelão ondulado para cestas de
Natal. O volume expedido neste
ano teve crescimento de 50% em
relação a 2004.Os modelos desenvolvidos tiveram como principais destinos os grandes mercados consumidores, como São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, atendendo aos
principais clientes do setor.
VENDAS CRESCENTES
O faturamento da indústria de
shopping centers encerrará 2005
próximo de R$ 54,6 bilhões, um
crescimento de 7,7% em relação
ao ano passado, quando o faturamento do setor no país foi de
R$ 50,7 bilhões. Os dados serão
divulgados amanhã pela Alshop
(Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) e levam em
conta um aumento de 2% nas
vendas para o Natal deste ano
em relação ao mesmo período de
2004. Para 2006, a expectativa,
segundo o presidente da Alshop,
Nabil Sahyoun, é ainda melhor e
aponta para um crescimento acima de 8% para o setor. A indústria de shopping centers encerra
o ano com 601 empreendimentos, que reúnem mais de 74 mil
lojas. Foram inaugurados 14 unidades no país neste ano.
VERÃO NO AR
Com um investimento de R$ 15
milhões, o McDonald's lança hoje a campanha "Verão McDonald's - That's Amore", com
cenas do cotidiano que remetem
ao estilo de vida saudável e alegre
de momentos dessa estação.
CARONA DIGITAL
A febre do iPod tem levado
empresas a lançar acessórios
para pegar carona no tocador
de música digital mais popular do mundo. Capas de grifes famosas para o aparelho
chegam a custar até US$ 840
em catálogos de Natal, segundo a agência "Bloomberg". Uma capa criada por
Valentino, coberta por cristais Swarovski, custa mais do
que o dobro dos US$ 399 cobrados pela versão mais cara
do iPod. As vendas de acessórios para tocadores digitais
têm disparado na temporada
de fim de ano nos Estados
Unidos, após terem já quadruplicado para US$ 412 milhões nos primeiros nove
meses deste ano, segundo a
empresa de pesquisa de mercado NPD Group Inc. O aparelho da Apple respondeu
por 72% de todas as vendas
desse produto no mercado
americano até outubro. E a
expectativa de analistas é que
o crescimento tenha sido ainda maior no fim de 2005.
Próximo Texto: Apesar de câmbio e juros, lucros crescem Índice
|