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MERCADO ABERTO
CVC planeja crescer no litoral sul
Maior operadora do país, a
CVC encerrou 2005 com
um crescimento de 20%,
segundo estimativas. Foram transportados 1,2 milhão de
passageiros de janeiro a dezembro -ela ainda não fechou os
dados relativos ao faturamento.
Para 2006, a meta é ampliar essa expansão e chegar a 25%, impulsionada principalmente pelo
mercado interno, que deve crescer ao menos 15%. Entre os planos, explorar mais o litoral sul do
país, principalmente as praias de
Santa Catarina, e a Argentina, incluindo a Terra do Fogo.
"Os resultados indicam que se
trata de um crescimento no turismo como nunca presenciamos
antes. Acho que podemos atribuir [a expansão em 2005] à manutenção da estabilização da
economia. Viajar nas férias passa
cada vez mais a ser um hábito do
brasileiro", afirma Guilherme
Paulus, presidente da CVC.
Apesar das previsões de que o
dólar continuará desvalorizado,
Paulus diz que as viagens internacionais ainda atingem uma
minoria -a operadora embarcou 86 mil passageiros para o exterior em 2005, ou 7,2% do total- e que o que move o setor no
país é o "turismo sol e mar".
Os sete destinos mais vendidos
pela CVC no ano passado foram
"praia", com Porto Seguro, Fortaleza e Natal, nessa ordem, entre
os primeiros. Apenas o oitavo
colocado, Gramado, foge desse
perfil. Além da preferência do
brasileiro, Paulus diz que "o fato
de existirem poucos bons hotéis
de campo ou no interior ajuda a
explicar esse fenômeno".
Segundo ele, 85% das pessoas
atendidas pela operadora optam
pelo "turismo sol e mar".
Em relação ao segmento de
cruzeiros, que quase dobrou em
2005, ele diz que a continuidade
da alta dependerá da melhoria
dos portos brasileiros. "À exceção de Santos, os demais portos
precisam de investimentos. Se
eles acontecerem, mais navios
poderão vir e até ficar o ano inteiro na costa brasileira", diz.
ANÁLISE
Doha sem luz no fim do túnel
Não é correta a afirmação do
comissário de Comércio da
União Européia, Peter Mandelson, de que as negociações na
OMC estariam sendo bloqueadas por Brasil e Índia, ao não
concederem acesso a seus mercados de bens industrializados e
de serviços. A afirmação é de
Gesner Oliveira, em artigo para a
consultoria Tendências.
Ele admite que Brasil e Índia
ainda são economias bastante fechadas, mas afirma que também
falta disposição à UE para cortar
os seus subsídios internos.
Gesner diz que, para alterar esse quadro, é necessário que todos
os lados façam concessões.
Enquanto isso, ele diz que é
provável que manifestações como a de Mandelson continuem
freqüentes. A solução, a seu ver,
dependerá do surgimento de
coalizões políticas pró-comércio
em escala nacional e internacional, algo ainda difícil de vislumbrar, ao menos no próximo ano
correspondente ao horizonte de
negociação da Rodada Doha.
ROLO COMPRESSOR
O economista Fábio Giambiagi, do Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), acha que,
em algum momento, a sociedade
precisará dar um basta nos seguidos aumentos das despesas
do INSS. Com o reajuste do salário mínimo para R$ 350 a partir
de abril, o governo Lula terá dobrado a velocidade do aumento
dos gastos da Previdência.
Quando FHC assumiu o governo, as despesas do INSS correspondiam a 5% do PIB. No fim
daquele governo, esses gastos
saltaram para 6,5%. Já a conta da
Previdência ao final do governo
Lula irá somar 8% do PIB.
NA CHINA
A cerveja Brahma se prepara
para desembarcar na China. A
decisão foi tomada depois de a
InBev, fusão da belga Interbrew
com a brasileira AmBev, ter adquirido nesta semana a cervejaria chinesa Fujian Sedrin Brewery. Em chinês, Brahma significa muita sorte e muito dinheiro.
FORNECIMENTO
A Jaraguá fechou contrato para
o fornecimento de equipamentos às obras e os serviços de engenharia da reconstrução do sistema de plataforma de lançamento
do VLS (Veículo Lançador de Satélites) na base de Alcântara.
TROFÉU ENGARRAFADO
As garrafas de 600 ml são as
campeãs da preferência do público. Segundo o Sindicerv, em
2005 foram vendidas 10,4 bilhões
de garrafas de 600 ml, o que equivale a 6,2 bilhões de litros de cerveja. As garrafas representaram
65% das vendas da bebida, à
frente das long neck, com 2,5 bilhões de litros, e das latinhas,
com 250 milhões de litros.
SEGURANÇA MAIOR
Especializada em soluções na
área de segurança, a Fort Knox
registrou alta de 16% no faturamento no ano passado.
ALTA DOS RECEBÍVEIS
A Anfac (associação das empresas de factoring) lançou cinco
fundos de recebíveis, que somam R$ 60 milhões. A expectativa de rendimento é de 114%. Novos fundos estão a caminho.
PRÓ-CRESCIMENTO
Nunca houve tantas fontes
de financiamento para as empresas como agora, graças especialmente ao crescimento
expressivo das dívidas corporativas, destaca a consultoria
McKinsey em recente análise
sobre o assunto. A emissão de
títulos tem crescido nos principais países e regiões do
mundo e reflete o aumento da
globalização do capital: a taxa
de crescimento ao ano das
captações de companhias fora de seus países é superior à
registrada pelas emissões domésticas, com 22% e 7%, respectivamente. De acordo
com a consultoria, a contribuição das dívidas corporativas no aumento do estoque financeiro global alcançou 29%
do total entre 1993 e 2003, à
frente dos depósitos bancários e do mercado de ações.
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