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Remessa de lucro aumenta 29%, a maior da história
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Impulsionadas pela queda do
dólar, as remessas de lucros ao
exterior feitas por multinacionais instaladas no Brasil bateram recorde em 2006. No ano
passado, US$ 16,354 bilhões em
dividendos foram enviados para fora do país, alta de de 29%
na comparação com 2005.
O resultado ficou acima do
esperado pelo BC, que, no final
de 2005, projetava remessas de
US$ 12 bilhões. Já está descontado o total de dividendos que
empresas brasileiras no exterior trouxeram ao Brasil. O setor bancário foi o que mais enviou lucros (US$ 1,404 bilhão).
A alta nas remessas foi o
principal fator que impediu
que a conta de transações correntes tivesse em 2006 superávit maior que em 2005. Foram
US$ 13,528 bilhões e US$
13,985 bilhões, respectivamente. "O comportamento reflete
um maior estoque de investimento estrangeiro e o câmbio",
diz Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC.
Segundo ele, os fluxos de investimento estrangeiro no Brasil explicam, em parte, a maior
remessa de lucros: quanto mais
investem no país, maiores os
ganhos que precisam ser enviados para suas matrizes.
Além disso, ele aponta a influência do câmbio. Só no ano
passado, o dólar caiu 8,7%, o
que estimula o aumento nas remessas: as empresas instaladas
no Brasil apuram seus lucros
em reais, e, quando o câmbio se
valoriza, uma mesma quantidade de reais passa a comprar um
volume maior de dólares.
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