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CRISE NOS MERCADOS / PESSIMISMO
Bolsas terminam semana com mais perdas
Rumos da economia dos EUA continuam a preocupar investidores; Bovespa não funcionou devido ao feriado em SP
Ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan afirma que não há provas claras de que os EUA estão em recessão
DA REDAÇÃO
Depois de dois dias consecutivos de alta, as Bolsas americanas terminaram a semana
-uma das de maior turbulência nos últimos tempos- em
baixa, levando junto boa parte
dos mercados europeus e latino-americanos. As preocupações com os rumos da economia americana voltaram a
preocupar os investidores.
Os mercados americanos começaram o dia operando em alta, reflexo dos bons resultados
de empresas como Microsoft e
Caterpillar, mas, no início da
tarde, já passaram a operar no
vermelho. O índice Dow Jones,
o principal da Bolsa de Nova
York, caiu 1,38%, e a Nasdaq
(que reúne empresas de alta
tecnologia) se desvalorizou em
1,47%. O S&P 500 teve queda
de 1,59%. Os três índices estão
negativos neste ano.
As Bolsas européias, que passaram a maior parte do dia em
alta, acabaram se desvalorizando no final de suas operações
-quando as dos Estados Unidos começaram a ficar negativas. A maior queda ocorreu em
Paris, de 0,76%. Londres teve
queda de 0,12%, e Frankfurt, de
0,06%, praticamente estável.
Os mercados americanos
também contribuíram para o
dia ruim nas Bolsas latino-americanas. Entre os principais mercados da região, apenas o de Buenos Aires registrou
alta: 0,83%. A Bolsa mexicana
caiu 1,88%, e a chilena, 0,88%. A
Bovespa não funcionou devido
ao feriado de aniversário da cidade de São Paulo.
Na Ásia, os mercados tiveram
um dia de ganhos expressivos,
ainda resultado da alta do dia
anterior nos Estados Unidos e
na Europa. O índice Nikkei, da
Bolsa de Tóquio, subiu 4,10%, e
o de Hong Kong, 6,76%. A Bolsa
de Taiwan teve alta de 2,96%, e
a de Mumbai (Índia) se valorizou em 6,62%. O mercado de
Xangai (China) registrou ganho
de 0,93%.
Como aconteceu durante a
maior parte deste mês, as preocupações com os mercados de
crédito e imobiliário americanos e com uma recessão da economia dos Estados Unidos voltaram a dominar as Bolsas.
Apesar do corte de juros de
0,75 ponto percentual pelo Fed
(Federal Reserve, o banco central americano) e do acordo do
presidente George W. Bush
com a oposição democrata para
para aprovar o pacote de US$
150 bilhões para tentar evitar
que o país entre em recessão, os
investidores parecem ainda temer mais sinais negativos da
economia dos Estados Unidos.
Na semana que vem, serão
divulgados dados do PIB do último trimestre do ano passado
e de emprego, que devem ajudar na análise do quadro da
economia do país. Na quarta-feira, o Fed se reunirá, e existe a
expectativa entre investidores
de um novo corte na taxa básica
de juros.
Além disso, rumores de que
mais bancos europeus terão
que reavaliar para baixo seus
ativos financeiros e de problemas com um grande fundo de
hedge ajudaram a tornar o dia
negativo nos mercados.
O ex-presidente do banco
central dos Estados Unidos
Alan Greenspan afirmou em
entrevista ao "Financial Times" que não há provas claras
de que a economia americana
esteja entrando em uma recessão. "Você não cai gradualmente em um recessão, você pula",
disse o antecessor de Ben Bernanke no comando do Fed.
Na semana passada, ele havia
dito que os EUA já estão ou provavelmente irão entrar em breve em uma recessão.
Com agências internacionais
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