São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2008

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Governo quer convênio
com o Sistema S

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na tentativa de driblar as restrições orçamentárias, o Ministério do Trabalho negocia com o Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, entre outros) alternativas para elevar a oferta de qualificação de mão-de-obra. O ministro Carlos Lupi disse que pretende pagar ao sistema para que ofereça treinamento a trabalhadores que recebem o seguro-desemprego.
Na negociação, o Sistema S teria de reduzir o custo da hora/aula, considerado elevado pelo governo. Em contrapartida, o governo supriria a ociosidade nos cursos oferecidos pelas entidades. "Já que as vagas iam sobrar, podem cobrar só metade do preço. Para o governo, isso permitirá que o trabalhador arranje um emprego mais rápido e reduza os gastos com as parcelas do seguro-desemprego", afirmou Lupi.
Para este ano, antes dos cortes iminentes do Orçamento por conta do fim da CPMF, estavam previstos R$ 857 milhões para a qualificação. Os recursos provêm do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que também estão sujeitos à tesoura da equipe econômica.

Seguro-desemprego
Inicialmente, Lupi cogitou vincular o pagamento do seguro-desemprego a programas de treinamento, mas desistiu, pois isso exigiria mudanças na legislação.
"Mas vamos tentar fazer um monitoramento, oferecendo treinamento a esse trabalhador. Isso deverá, inclusive, reduzir as fraudes no seguro-desemprego", afirmou o ministro, referindo-se a casos de trabalhadores que simulam demissões para receber o benefício. (JS)


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