São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2008

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Petróleo oscilará muito se houver recessão nos EUA, diz Gabrielli

DA ENVIADA ESPECIAL A DAVOS

Os preços de petróleo vão oscilar muito se houver recessão nos EUA, mas, nos próximos dois anos, a cotação média do barril deverá oscilar entre US$ 75 e US$ 85, disse ontem o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no Fórum Econômico Mundial, na Suíça.
Ontem, o petróleo fechou em US$ 90,90 (o barril do tipo Brent) e US$ 90,71 (o Texas). A cotação passou os US$ 100 pela primeira vez, no início do ano.
"Vai haver muita volatilidade, provavelmente entre US$ 70 e US$ 100." Na avaliação do presidente da Petrobras, a crise teve origem no orçamento das famílias americanas e haverá perda do poder de consumo.
Os Estados Unidos consomem um terço do petróleo do mundo, mas o crescimento da demanda é maior na China e na Índia. "Reflexo sobre a demanda ocorrerá apenas se a crise chegar a impactar essas economias [da China e da Índia]."
Para Gabrielli, pressões sobre o setor não permitirão forte queda nas cotações do óleo, mesmo que haja desaceleração nos Estados Unidos.
Ele citou o aumento de custos, inclusive externos, no setor do petróleo e a pressão crescente do mercado futuro. Fortes apostas com derivativos de alta do óleo no longo prazo influenciam os preços.

Ações
A reportagem da Folha perguntou se houve críticas em Davos, como as que já foram feitas no Brasil, de que a companhia sofre interferências políticas. Gabrielli respondeu: "O analista que mais disse isso era do Citi. Argumento que é mais problema de risco Brasil do que ingerência política. Isso afeta todas as empresas brasileiras".
Gabrielli acredita que as ações da empresa negociadas em Nova York puxam mais seus papéis que o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo). A empresa tem 40% das ações negociadas em Nova York. (MCF)


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