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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Pequenas devem ter mais acesso a crédito do BNDES, diz Abracex
A Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior) encaminhou na sexta um pedido
ao presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
Luciano Coutinho, para que facilite às micro e pequenas empresas o acesso ao crédito do
banco estatal. O pedido vem depois que o governo liberou mais
R$ 100 bilhões para o BNDES
emprestar neste ano.
"O governo vem anunciando
montanhas de reais para injeção na economia. Acontece que
os beneficiários são sempre os
mesmos "grandes conglomerados" ou até países vizinhos", diz
Roberto Segatto, presidente da
Abracex.
Ele defende que o BNDES
crie um balcão direto para que
as micro e pequenas empresas
consigam apresentar seus projetos de investimentos e obter o
crédito sem precisar recorrer a
um banco intermediário. "Essas empresas não conseguem
ter acesso direto ao BNDES e
pagam mais por isso", afirma
Segatto.
Para ele, o problema não é do
atual governo ou da gestão de
Coutinho, mas um erro de longa data na política de financiamento do banco estatal. Segundo ele, o BNDES foca no financiamento de grandes empresas
e deixa de lado as micro e pequenas.
"Não conheço uma micro ou
pequena empresa que conseguiu pegar crédito no BNDES.
E se alguém me contestar, desafio a mostrar uma lista de
empresas de pequeno porte
que foram financiadas pelo
banco", diz.
Além do pedido ao próprio
BNDES, Segatto informou que
a Abracex, que tem como associados empresas de todos os
portes, vai buscar em outras
instâncias do governo mudanças na política de concessão de
crédito do banco para micro e
pequenas companhias.
Uma delas é o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior. Segatto já
tem reunião agendada com o
secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, no dia 13 de
fevereiro, e vai pedir o apoio dele nessa questão.
Nutrin investe em centro de distribuição para cortar custo
A Nutrin, empresa de refeições coletivas, investiu R$ 1 milhão na abertura de um centro
de distribuição próprio de alimentos. Com a iniciativa, a empresa cortou 60% de seu quadro de fornecedores e conseguiu preços melhores que representam uma economia de
R$ 150 mil por mês.
Segundo o diretor-geral da
Nutrin, Aderbal Nogueira, a
medida faz parte de um projeto
de reestruturação da empresa
para cortar 20% dos custos administrativos e conseguir superar a crise econômica internacional. Essa iniciativa incluiu a
demissão do presidente e de
dois dos quatro diretores da
empresa.
"A criação de um centro de
distribuição próprio é uma necessidade do nosso setor para
ter melhores preços e maior
qualidade nos produtos. Não
tem crise que justifique cancelar esse tipo de investimento",
afirma Nogueira.
A Nutrin perdeu 35% do seu
faturamento em dezembro e já
espera outra retração de 20%
neste mês. A expectativa de Nogueira é uma melhora no cenário no segundo semestre, que
permitirá à empresa fechar o
ano com crescimento entre
10% e 20%.
LIÇÃO
A Veris Educacional,
controladora do Ibmec
(RJ, MG e DF) e das faculdades IBTA, Uirapuru, Imapes e Metrocamp,
quer continuar a crescer
na casa de 20% em 2009.
Diferente de 2008, quando o grupo fez aquisições, a aposta neste ano é
no crescimento orgânico
nos campi. "Temos que
digerir os investimentos
feitos e esperar para ver
o que acontece no Brasil
antes de partir para novos projetos", diz Eduardo Wurzmann, presidente da Veris. Mesmo assim, a empresa dá sequência aos investimentos em curso. Um deles é
a criação de um programa de ensino a distância,
com investimento de
R$ 3,5 milhões na abertura de 20 a 30 polos de
ensino no país.
NORMAS
A BDO Trevisan lança na terça o "Guia para as Demonstrações Contábeis 2008-2009". A
publicação mostra as principais mudanças nas normas
contábeis no Brasil desde a promulgação da Lei 11.638. O material também aborda o RTT
(Regime Tributário de Transição) e a MP 449, medida que regulou alguns dos pontos da nova legislação do setor. O guia
publica também artigo de Guido Mantega sobre perspectivas
econômicas para o Brasil diante da crise internacional.
GESTÃO
A Serasa Experian lança no
Brasil o My Strategy Collection, uma solução de gestão de
estratégias aplicada a dados
fornecidos pelo cliente, para
melhorar a eficiência e a consistência da cobrança, aumentando a lucratividade total da
operação. Por meio de um serviço de processamento hospedado pela Serasa Experian, o
My Strategy Collection aponta
o risco associado a cada conta e
indica qual deve ser a ação
apropriada, a partir do primeiro dia de atraso.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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