DA FOLHA ONLINE

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) avançou em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice subiu para 2,19% entre 15 de janeiro e 12 de fevereiro, resultado superior ao índice dos 30 dias anteriores (1,98%).
Embora maior que o IPCA-15 de janeiro, o índice divulgado ontem mostrou uma ligeira desaceleração se comparado ao último IPCA, a inflação oficial, que registrou alta de preços de 2,25% entre 1º e 30 de janeiro. A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA é apenas o período de coleta dos dados.
O crescimento da taxa do IPCA-15 foi motivado principalmente pelos reajustes ocorridos nas tarifas dos ônibus urbanos (8,06%) e intermunicipais (9,57%), nos preços da gasolina (6,64%) e do álcool (9,47%), refletindo, ainda, os reajustes do final do ano passado e as mudanças no cálculo do ICMS. Além disso, as mensalidades escolares avançaram 6,59%, com aumentos típicos de início de ano.
Juntos, todos esses itens foram responsáveis por pouco mais da metade da inflação do mês (1,15 ponto percentual).
Já os alimentos tiveram alta menor em fevereiro (1,47%). A maioria dos produtos apresentou variação inferior à de janeiro, a exemplo do feijão carioca (5,24%), ovos (2,99%), óleo de soja (0,91%) e frango (0,74%). A farinha de trigo (-3,4%) e o feijão preto (-1,77%) chegaram a apresentar queda de preços relativamente significativa.
Além dos alimentos, outros itens de consumo importantes também apresentaram variações menores em fevereiro: cigarro (zero), remédios (0,46%), gás de cozinha (0,17%), e vestuário (0,21%).
Por região, a maior variação de preços foi registrada em Salvador, onde a inflação alcançou 2,64%.


Texto Anterior: Crédito no Brasil é dos mais escassos no mundo, diz BC
Próximo Texto: Queda da taxa está condicionada às reformas, afirma Palocci à CUT
Índice