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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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PANORÂMICA

MONTADORAS

Michael Dalder/Reuters
Martin Winterkorn, presidente da Audi européia, antes da conferência anual da montadora


Audi não pensa em deixar de produzir no Brasil, mas diz que situação é difícil
A Audi não pretende deixar de produzir veículos no Brasil, mas admite que o desempenho de sua unidade no país tem decepcionado
"A situação é difícil", disse Peter Abele, do conselho da montadora alemã responsável por assuntos financeiros. "Ainda estamos lucrando, mas no limite."
Inaugurada em 1999, logo após a desvalorização do real, a fábrica de São José dos Pinhais (PR) produziu menos veículos no ano passado do que em 2001. E a montadora já se prepara para uma nova queda neste ano.
"Foi muito trabalho, muito investimento, muito coração. Mas não gostaria de esconder que a situação é difícil", afirmou Matthias Seidl, responsável pelas operações na América Latina.
Em 2001, a Audi produziu 12 mil unidades de seu modelo A3. No ano passado, a produção foi de 10,6 mil unidades. No mundo, a empresa produziu perto de 1 milhão de veículos em 2002.
De acordo com Seidl, as margens da Audi brasileira foram estreitadas pela depreciação cambial. Nos últimos três anos, aumentou a nacionalização dos componentes (cerca de 60% das peças são brasileiras), mas, segundo o executivo, não há espaço para que o índice cresça.
(GIULIANO GUANDALINI, ENVIADO ESPECIAL A INGOLSTADT, ALEMANHA)
O jornalista Giuliano Guandalini viajou à Alemanha a convite da Audi.


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